domingo, 28 de setembro de 2014

Lição 1 – Daniel, Nosso “contemporâneo”. Subsídio: Érick Freire

Saudações aos irmãos em Cristo que corriqueiramente visitam o nosso blog. Depois de quase um ano sem escrever dando subsídios para os professores da EBD volto com muita satisfação a comentar o tema da lição do quarto trimestre de 2014 que será disponibilizado através do servo de Deus pastor Elienai Cabral.
Neste novo trimestre teremos muito a conversar e conhecer da Palavra, desde a prática cristã em meio a conflitos internos e externos à escatologia ou estudo das últimas coisas. A importância de Daniel para introduzir a história da humanidade é imprescindível. Além do que o livro das revelações, o Apocalipse, depende categoricamente dos escritos de Daniel. Para se ter uma ideia exata, só dois capítulos do livro de Apocalipse não estão relacionados as profecias e as revelações do sábio príncipe judeu.

É mister entendermos que Daniel não era um homem qualquer, não falo em sentido social, mas espiritual. Nele temos exemplos de alguém que não se curvou perante os desafios contra sua fé em Yaweh, pelo contrário, sempre teve sabedoria divina para sair de muitas situações de risco. Este era Daniel.
A sociedade judaica entrou em colapso religioso e social, neste intermeio Deus providenciou o cativeiro para Judá. Décadas antes profetas avisavam que a ruína estaria próxima por causa da idolatria dos governantes e do povo que andava dissolutamente longe de Deus. Imoralidade, injustiça social, busca por riquezas e interesse próprio iam de encontro aos ensinos que Deus tinha deixado por meio de Moisés. Jeremias foi um dos últimos profetas a avisar tudo o que aconteceria, por isso sofreu perseguição e foi acusado de traição, mas nada disso era verdade e sim que Deus se revelara a seu servo para mostrar as consequências do pecado daquele povo. O reino de Judá estava marcado para ter seu fim e não duraria muito tempo. Anteriormente Habacuque, Isaías e Miqueias falaram desta destruição, tanto que Habacuque questiona a Deus sobre o porque dEle fazer isso, mas, ao mesmo tempo, responde que é por causa da iniquidade. Parece paradoxal Deus usar ímpios para corrigir o seu povo? Parece, mas a soberania de Deus é inquestionável e Ele sabe o que faz. Fica bem claro que para Deus é melhor que seu povo seja subjugado pelo ímpio em terra estranha a que continuar em pecado em terra “santa”. Deus havia separado aquela terra que mana leite e mel para eles usufruírem e obedecerem ao Pai celestial, mas isso não foi a prática de vida daquele povo. Seu juízo estava marcado. A sentença estava decretada!
A queda de Jerusalém foi a mais sórdida possível, Nabucodonosor incendeia o templo e saqueia os utensílios do templo. Parecia que era a vitória de deuses pagãos contra o Deus de Israel, mas sabemos que não foi isso que aconteceu. Nada passa pela mão do Senhor dos senhores. Tudo o que ocorreu estava escrito por Deus, Ele havia predeterminado tudo, era a disciplina que o povo dEle deveria passar. Além disso era o cumprimento do texto escrito por Moisés (Deuteronômio 28:15-72).
Jerusalém que fazia parte do reino do sul (Judá, por isso, judeus) foi invadida em 586 a.C. após dois anos de cercada e sitiada por Nabucodonosor, Jerusalém cai, na época que o rei de Judá era Zedequias, a cidade foi totalmente destruída, sua muralha que trazia muita confiança ao povo se transformou boa parte em ruínas, e em outras, enormes fendas.
Apesar de todos serem deportados a babilônia, mudando até alguns costumes e língua quando o hebraico cede espaço para o aramaico (língua babilônica) não miscigenaram a nação, pois viviam em colônias, mantendo as antigas tradições e o desejo de voltar a terra prometida, por isso, firmaram-se e não perderam a identidade autenticamente judaica. Daniel foi um destes que mesmo deportado permaneceu fiel.

Neste contexto Daniel aparece como um personagem marcante durante todo o domínio babilônico, na época, ele era jovem e foi escolhido para morar no palácio. Sua inteligência foi destaque e por isso tinha muitos privilégios que mesmo os conterrâneos do rei não tinham. Inúmeras vezes, veremos na lição deste trimestre, Daniel sendo provado e acusado. Foi posto a prova sua fé, sua conduta e sua devoção. Queriam acusá-lo de traição, de rebeldia ou qualquer outra coisa que o comprometesse perante o rei, mas nisto tudo ele prevaleceu e viveu mais de 80 anos quando provavelmente escreve sua última revelação e reorganiza o livro que seria fechado para a época daqueles que correriam de um lado para o outro, nós!

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