quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Lição 2 – Elias, o tisbita, 13 de janeiro de 2013, Plano de Aula: Professor Érick

Objetivos: O aluno após a aula deverá compreender como se deu o ministério de Elias, sua vocação, chamada e sua intervenção aos monarcas, mostrando a verdade sobre o erro e pregando os oráculos recebidos por Deus.
1º momento: Come a aula cumprimentando os alunos com a paz, depois pergunte como foram as coisas durante a semana, após esta pequena conversa peça aos alunos para elencarem os assuntos trabalhados na semana passada, pois estes tem relação com a vida atuantemente profética de Elias, ponha todos os pontos falados no quadro de giz ou branco, se não tiver quadro leve uma cartolina e peça auxílio de um ou mais alunos. Depois faça um resumo da lição anterior.
Logo depois mostre se possível o mapa de Tisbe – Gileade e comente a localização desse vilarejo, fale sobre a formação desse povo que está no primeiro tópico da lição.
Logo depois fale sobre o relacionamento de Elias com Yahweh no mesmo tópico.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Lição 2: Elias, o tisbita ,Subsídio Exegético por: Cleiton Medeiros


Lição 2: Elias, o tisbita (Subsídio Exegético)

   
Abandonar, deixar: Mais uma vez o profeta Elias fala sobre o “abandonar”, agora se dirige ao Senhor dentro de uma caverna e fala sobre o povo de Israel ter deixado a Aliança. A palavra utilizada por ele é a mesma que utilizou com Acabe anteriormente em I Rs 18.18 (ver postagem Lição 1: A apostasia no Reino de Israel, Subsídio Exegético). No texto de I Rs 19.10 está escrito  עָזְבוּ (‘ÄZBhÛ) derivado deעָזַב  (‘ÄZABh) que significa abandonar, deixar, soltar, desprender-se, descuidar, desatender, partir. Com a palavra “soltar” percebemos a ideia de “deixar como está”, "deixar solto". A palavra utilizada na septuaginta é derivada de καταλείπω (kataleípô: abandonar, descuidar, deixar para trás, negligenciar e, literalmente, deixar ao lado; seria "abandonar no sentido de deixar acontecer e não de deserção").
Zelo: no texto a palavra se encontra disposta da seguinte maneira קִנֵּאתִי (QINNË’TÎ), palavra cuja raiz é קַנָּא (QANNÄ’) que segundo Harris, Archer Junior e Waltke (1998): “indica uma emoção muito forte em que o sujeito deseja alguma qualidade ou a posse do objeto”. O significado básico é ciúme, ardor, zelo, cuidado. Aqui podemos notar o cuidado do servo do Senhor em manter a qualidade, a inteireza, a posse da verdade na vida do povo de Israel que só é possível com a prática e a obediência apontadas pela Palavra de Deus, a qual o rei e sua família haviam deixado de lado (I Rs 18.18). O responsável por um povo, tem o dever de manter a verdade; se ele não manter, os que o tem como referência, vão errar juntamente com ele. Na conversa de Elias com o Senhor fica evidente o abandono do povo à Aliança encabeçada por seu líder.
Reparar, restaurar: Em um dos textos indicados nesta lição, I Rs 18.30, veremos a palavra utilizada para “restaurou”, “reparou” que está assim: וַיְרַפֵּא, conjugado e com o “ו consecutivo. O verbo é רָפָא (RÄPhÄ’) que significa curar, restaurar, reparar, sanar, tratar, remediar, restabelecer, consertar. O altar que estava em ruínas (הָרַס: HÄRAS > destruir, arrasar, demolir, derribar, desmantelar, romper, quebrar, transpor limites), devido a negligência do povo e, principalmente, do rei somado à aversão pagã aquilo que ameaçava a existência de suas divindades cegas, surdas, tetraplégicas, mudas e incapazes de sentir o mau odor de seus sacrifícios (ver Sl 115 e 135).

Além da destruição do altar houve a rejeição da Aliança e a morte dos profetas (I Rs 19.10). De que serve o altar sem obediência a Palavra de Deus (I Rs 18.18)? Como ouvirão se, os homens que falam segundo ela, forem silenciados com a morte (I Rs 18.4)? Sem o conhecimento de Deus não só o altar, mas o povo, de fato, também é destruído (Os 4.6).
Ir. Cleiton Medeiros
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Referências:
GINGRICH, F. Wilbur; DANKER, Frederick W. Léxico do Novo Testamento. São Paulo, SP: Vida Nova, 2007.
RUSCONI, Carlo. Dicionário do Grego do Novo Testamento. 4ª ed. São Paulo, Sp: Paulus, 2011.
HOLLADAY, William L.. Léxico: Hebraico e Aramaico do Antigo Testamento. 1ª edição São Paulo, SP: Vida Nova, 2010. Tradução: Daniel de Oliveira.
SCHÖKEL, Luis Alonso. Dicionário Bíblico Hebraico-Português.3ª edição São Paulo, Sp: Paulus, 2004. Tradução: Ivo Storniolo, José Bortolini.
SAYÃO, Luiz A. T. (Ed.). Antigo Testamento: Poliglota. São Paulo, Sp: Vida Nova: Sociedade Bíblica do Brasil, 2003.
HARRIS, R Laird; ARCHER JUNIOR, Gleason L; WALTKE, Bruce K. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. 1ª edição São Paulo, Sp: Vida Nova, 1998. Trad. Mácio Loureiro Redondo; Luiz A. T. Sayão; Carlos Oswaldo C. Pinto.
SOARES, Alexandre et al. (Ed.). Bíblia de Estudo Palavras Chave: Hebraico-Grego. 4ª Rio de Janeiro, RJ: Cpad, 2009.
MENDES, Paulo. Noções de Hebraico Bíblico. 1ªedição São Paulo, Sp: Vida Nova, 1981.
NVI.Bíblia: Nova Versão Internacional. São Paulo, SP: Vida, 2000.