sábado, 30 de março de 2013

Lição 1: Família, criação de Deus (Subsídio Exegético); Por: Cleiton Medeiros


Lição 1: Família, criação de Deus (Subsídio Exegético)

 

A paz do Senhor, irmãos!

Neste trimestre abordaremos um assunto de suma importância nos dias atuais, dias em que a família tem sido visada pelo inimigo e atacada de maneira surpreendente. Há alguns anos, a família sofria alguns ataques mais discretos, agora, Satanás ataca descaradamente em uma verdadeira batalha contra a unidade da igreja representada pelo seio familiar. Infelizmente, alguns atuam como meros espectadores, não buscam conhecimento e apenas assiste de camarote a fé sendo atacada e defendida, isso, de braços cruzados. Se compararmos com uma partida de futebol, esta seria a partida que todos devem entrar em campo. Cheguei a ouvir alguém dizer que devemos aceitar o “casamento” gay na igreja para evitar perseguição. Se é que isso pode ser chamado de casamento diante de Deus. Notamos, também, a remoção da autoridade dos pais em relação aos filhos, a qual o estado deseja assumir e, além disso, existem vários irmãos que estão colocando as orientações bíblicas em segundo plano para dar ouvidos à vozes que nunca vieram das “Sagradas Letras” (II Tm 3.15 – NVI). Na guerra que perpassa milênios, esta batalha, não podemos perder. Devemos manter nossa convicção em meio as mentiras do inimigo contra a nossa fé.

 

Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.

Romanos 8.37

 

Vamos a palavra desta pequena exegese que se encontra em Gênesis 2.18:

Então o Senhor Deus declarou: "Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda".
Gênesis 2:18

 

 Bom, טוֹב (ṭôv): Significado básico é bom, valioso, formoso, apreciável, belo, jubiloso, agradável, desejável. Em Js 23.13 a “boa terra” (ARA) nos traz a ideia de terra fértil. Percebemos aqui que ela designa, de forma geral, algo que satisfaz. Antes de Deus ver que tudo quanto tinha feito era “muito bom” (Gn 1.31), nas entrelinhas dos versículos 26-31, detalhado no capítulo 2 do livro de Gênesis; ele diz que em determinado momento que algo “não é bom”, que algo não estava satisfazendo, não somente a criação em si, na questão da multiplicação dos seres humanos, na necessidade do homem como um ser social, um ser que se relaciona, mas aos próprios olhos de Deus faltava alguém, a mulher. Pois, "Não é bom que o homem esteja só”. Esse é o desfecho satisfatório da criação realizada por Deus. A criação foi concluída logo depois que o primeiro casal humano foi formado seguido por certas orientações necessárias. Só depois é que Deus faz a sua avaliação e revela sua satisfação expressa em sua palavra: “muito bom”.

Sem afeição natural (ARC), ἀστόργους (Nestle): o termo grego presente em Rm 1.31 se refere à ausência de στέργω (stergô). Ou Seja, a ausência de um afeto básico que se dá especialmente entre pai e filho, inclusive até um cachorro possui pelo seu dono. A falta desse amor nos torna, sentimentalmente, inferiores aos animais que, normalmente, presam por seus filhotes. Essa palavra se repete em II Tm 3.2.

 

 

Cleiton Medeiros

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Fontes:

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SCHÖKEL, Luis Alonso. Dicionário Bíblico Hebraico-Português.3ª edição São Paulo, Sp: Paulus, 2004. Tradução: Ivo Storniolo, José Bortolini.

NVI.Bíblia: Nova Versão Internacional. São Paulo, SP: Vida, 2000.

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COENEN, Lothar; BROWN, Colin (Org.). Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento Grego. 2ªSão Paulo, SP: Vida Nova, 2000. 2v.