segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Lição 8 - O Compromisso com a Palavra de Deus - Subsídio: Professor Érick Freire - CPAD lição de Jovens e adultos 20 de novembro de 2011

O verdadeiro Compromisso com a Palavra!

Querido leitor, no capítulo anterior falamos sobre o arrependimento e a origem desta palavra, notamos que um verdadeiro avivamento e conserto vêm de um coração realmente quebrantado e mergulhado em um “batismo de angústia” e que esse arrependimento é a causa da ruptura com o pecado, adesão de novos comportamentos e a interiorização desta nova forma de proceder. Agora, estaremos conversando um pouco sobre o compromisso com a Palavra, o verdadeiro compromisso com Deus, neste capítulo, mas uma vez aviso antecipadamente, estarei indo contra princípios e interpretações equivocadas da Palavra de Deus que, inclusive o autor da lição incorre.
Quando falamos em compromisso lembramos, nós ocidentais de horário, local, trabalho, prova da escola, passeio marcado com um amigo(a) ou namorado(a), mas geralmente esquecemos ou nem sequer lembramos de compromissos documentados, como casamento, certidão de nascimento, acordos entre partes (seja judicial, diplomático, político ou social), por isso peço que vocês atentem para estes que geralmente esquecemos, pois trataremos de um compromisso documental religioso do povo judeu para com Deus e a lei mosaica e em conseqüência aos profetas.

Compromisso também nos remete a “com + promessa”, mas será que nossas promessas são realmente cumpridas, quando firmamos algum acordo ou promessa as cumprimos? Pois é, os judeus firmaram um acordo com Deus (Ne 9.38) e o firmou sem titubear, segundo Cyril Barber “A aliança que tinha sido redigida (provavelmente por Esdras) é agora voluntariamente aceita pelos chefes da nação. Eles foram preparados para este passo por dois requisitos essenciais: 1) Conhecimento daquilo que Deus requer deles. Isto veio através da leitura da Lei. Eles estão agudamente cônscios do padrão de Deus e de quanto estão aquém deste. 2) O efeito emocional da recapitulação de sua história. Eles vêem claramente como suas falhas passadas fizeram com que eles se encontrassem nas condições presentes. Porém, apesar do castigo de Deus, eles vieram a entender que seu amor ainda cerca e os protege.[...] Portando resolvem fazer uma aliança com seu Deus guardador de alianças” (2005, p.124).
Se lermos com calma notaremos que o primeiro a firmar a aliança foi o próprio Neemias, mesmo parecendo de início estar nos bastidores, na realidade ele estava rondando e apoiando a grande renovação espiritual do povo, respaldando o compromisso firmado com sua assinatura (selo) antes das outras, sendo o primeiro a querer que o povo servisse a Deus de verdade, e esse é um exemplo sem precedentes, se o próprio governador assina quem por acaso se opunha a tão grande acordo espiritual, o outro a se empolgar e ser o segundo lista foi Zedequias, prosseguindo com os sacerdotes (10.2-8), levitas (10.9-13), e os príncipes ou chefes do povo (10.14-27) e logo depois todo o povo. Que coisa linda! Imagino eu, aquela multidão, todos assinando um compromisso com Deus, diferente dos dias de hoje em que constroem estatutos com regras que não são bíblicas, as “escuras”, mal anunciam a igreja e poucos assinam por todos o que a maioria não conhece, que Deus tenha misericórdia destes. Com certeza foi lindo ver mais de 50 mil pessoas reunidas com o intuito de fazer um compromisso com a Palavra do pai, conjecturo que muitos choravam de alegria e que, a alma de Neemias e Esdras se regozijavam e seus espíritos “pulavam” de prazer em Deus.
Quando um líder nos dias atuais mostra a verdade da Palavra, não só Deus fica feliz com isso, mas o povo realmente de Deus o admira, pois a liderança deve ser exemplo (1 Pe 5.1-3), existem muitos pastores que hoje em dia prefere está divertindo o povo com “piadas de crente” como são “pseudo-denominadas” ou com invenções humanas como, novas teologias, pensamentos de homens, dogmas religiosos, usos e costumes, tudo isso menos o estudo sistemático da Palavra de Deus. Que nós como membros da igreja do Senhor reconheçamos estes falsos líderes e os entreguemos na mão de Deus.
O mais importante deste compromisso firmado foi à submissão do povo a Lei, a Palavra de Deus, pois a desobediência a Lei, principalmente quando feriram os princípios dos primeiros cinco mandamentos (segundo o entendimento judaico) que tratam de idolatria, vejam o quadro abaixo do decálogo, observem como ele é dividido pelos Judeus:

Mandamento
Judaico
Anglicano, Presbiteriano, e Outras Cristãs
Ortodoxa
Católico-Romano, Luterano*
Adventista do Sétimo dia
Eu Sou o SENHOR, o teu Deus
1
Prefácio
1
1
Prefácio
Não terás outros deuses além de mim
2
1
1
Não farás para ti nenhum ídolo
2
2
2
Não tomarás em vão o nome do SENHOR, o teu Deus
3
3
3
2
3
Lembra-te do dia de sábado, para santificá-lo
Honra teu pai e tua mãe
5
5
5
4
5
Não matarás
6
6
6
5
6
Não pecará contra a castidade
7
7
7
6
7
Não furtarás***
8
8
8
7
8
Não darás falso testemunho contra o teu próximo
9
9
9
8
9
Não cobiçarás (a mulher do teu próximo)
10
10
10
9
10
Não cobiçarás (nada do que pertença a teu próximo)
10
Fonte: Wikipedia

Por isso, entendem que para não haver mais destruição, seria necessário que, buscassem a Deus incessantemente, ensinando a Palavra aos pequeninos, admoestando a todos e seguindo todos os princípios firmados por Deus a estes. Ao invés de ser imposto um julgo pesado ao povo com a Lei todos concordaram em cumpri-la de coração reto, como uma carta de libertação a idolatria e aos casamentos mistos com povos pagãos, pois o julgo desigual existente dentro de um lar é uma das causas de destruição das famílias, nos dias de hoje não é diferente, as pessoas procuram como seus companheiros cônjuges que nem sequer amam a Palavra de Deus, nem tampouco a pratica, pelo contrário são culturados com religiões pagãs ou são sincretistas usando a velha afirmação “todos os caminhos levam a Deus!” O povo de Israel antes do compromisso firmado com Deus e a Palavra estavam assim, não queriam em nenhum momentos abster-se de suas práticas, mas quando a Lei foi lida e explicada suas faces caíram ao chão, notaram que suas tragédias eram conseqüência de suas ações, por isso, até hoje quando vemos algum filme, novela ou outra obra televisiva em que os personagens judeus são radicalmente contra o casamento misto achamos isso ridículo, mas isto é conseqüência deste verdadeiro avivamento e cumprimento deste compromisso firmado no tempo do governador Neemias.
Da para se notar o doloroso processo de descasamento de judeus e gentios, imagine você tendo que expulsar sua(eu) esposa(o), como ficaram os filhos? O chororô foi grande, a dor e aperto no coração eram de rasgar a alma, mas a culpa disso tudo, devemos entender, não foi de Deus, pois o povo quem descumpriu a Lei, e agora deveriam voltar atrás de tudo o que haviam feito!
Imagine essa cena conjecturada por mim “Um judeu por nome Akiva chega em casa e afirma para sua esposa: - Aaminah! Minha querida e amada esposa, a qual tirei da casa de seu pai para formar família comigo, estou muito triste e meu coração está amargurado, a notícia que tenho pra te dar é a pior que poderia dizer-te, mas para a salvação do meu povo que é mais importante que nossa união terei de cumpri-la com muita consternação, os meus olhos enchem-se de lágrimas a minha alma esta amargurada pelo pecado que cometemos não cumprindo a Lei do Senhor, não ouvindo o sacerdote há muitos anos atrás, queria eu ter te esquecido antes de fazer isso, mas agora já é tarde, a boiada já passou e o que tenho de fazer é sobre-humano, pois está acima de minha vontade, tu terás de ir embora para casa de teus pais, os nossos filhos terão de ir contigo, pois são filhos do pecado! Leve-os, espero que um dia vocês me perdoem por isso! Mas é o que tenho que fazer, como o nosso pai Abraham, expulsou a escrava tua ascendente, terei de expulsá-la com muita tristeza de minha casa!”
Akiva é uma derivação de Jacó e significa suplantador, tem origem judaica. Já Aaminah é um nome Árabe e significa dama da paz e Harmonia, os nomes foram escolhidos para a formação desse monólogo com um objetivo, mostrar que por um lado o judeu foi quem enganou a “Deus” e a sua esposa que queria simplesmente um amor, foi enganada, não sabia desta lei mosaica e teve de sair como fugitiva por causa do pecado de seu esposo e todos os judeus que o fizeram!
Nos dias de hoje não é diferente as pessoas tem se unido, como já comentado, com alguém alheio a Palavra, não caiamos nessa armadilha, pois o fracasso é certo! E isso se chama julgo desigual, em (2 Co 6.14) vemos a afirmação de Paulo admoestando aqueles que estavam se relacionando intimamente com os infiéis e questiona: “Por acaso há união entre luz e trevas?” Se formos analisar esta posição de Paulo veremos que ela é realmente feita não há uma raça especificamente humana, mas a uma raça espiritual, pois Jesus afirmou que nós somos a luz do mundo (Mt 5.14) e o reflexo dele aqui na terra, enquanto que aqueles que estão nas trevas são conseqüência de seu serviço a este mundo, pois o mundo está no maligno (1 Jo 5.19).
O último assunto que nós iremos falar o autor da lição incorre em um erro, pois para os judeus o Templo era sagrado, mas para nós, após a vinda de Cristo na Terra, notamos que o nosso templo é o nosso corpo (1 Co 3:16), pois nós somos templo e morada do Espírito Santo de Deus, valorizar um prédio é desvalorizar a obra salvífica do Senhor, estes são chamados por alguns de templocentristas, mas nós devemos ser cristocêntricos, ou seja, Cristo é o nosso centro e habita em nós através do Espírito Santo porque, Deus não habita em templos feitos por mãos humanas (Atos 17.24), Paulo é ainda mais enfático nesse verso a seguir: “E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo” (2 Co 6.16).
Acho que pra provar que o templo somos nós não preciso por mais nenhum versículo! Mas, você pode então está perguntando: “Irmão Érick, então não precisamos mais nos congregar no templo físico? E eu enfaticamente respondo: PRECISAMOS! Pois não podemos ser extremos ao ponto de dizer que aquele lugar separado para congregarmos não é santificado, isso seria uma grande mentira, quando estamos reunidos nele, o lugar passa a ser santificado pelos santos dentro da congregação que somos nós! Também devemos investir nesse templo físico sim, pois é necessário que haja uma estrutura mínima para que possamos com, maior conforto ensinar a Palavra de Deus a seu povo! Fico triste quando chego em minha congregação que não tem um departamento infantil decente, as crianças ficam ao relento, mas apesar disso vejo pessoas compromissadas dando o melhor de si, mesmo sendo leigas até na Palavra!
Naquela época foi estipulado um dia de adoração que se constituiu no shabat, chamado por nós ocidentais de sábado, nesse dia de busca ao Senhor os mercadores árabes e de outras regiões circunvizinhas faziam uma tremenda feira de produtos, passavam o dia chamando e tirando a atenção do povo que, ao invés de ir adorar a Deus ficavam comprando quinquilharias importadas, nos dias de hoje existem muitas atrações que desviam o povo no dia da Escola Bíblica Dominical, muitos cristãos ao invés de estar estudando a Palavra vão à praia no mesmo horário, vão a shoppings e deixam de lado o estudo sistemático (pelo menos deve ser) das Sagradas Escrituras!
Invistamos no que é bom, no estudo genuíno da Palavra de Deus, esquecendo das coisas que nos desviam desse foco! Cobremos aos nossos líderes uma posição essencialmente cristocêntrica balizada nas sagradas escrituras, deixemos as falsas teologias, os modismos e palhaçadas espalhadas no meio do povo de Deus!

5 comentários:

  1. gostei muito do comentàrio da liçao precisamos nos dedicar mas ao ensino da palavra de Deus! para recebermos um reavivamento em nossas vidas.

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  2. Amém querido(a) esta é uma grande verdade!!!

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. A paz de Cristo, professor Érick. É muito bom quando lemos algo que nos faz realmente refletir acerca de nossas vivências e práticas cristãs. Aprecio bastante suas reflexões, pois é sempre hora de estabelecermos um verdadeiro compromisso com a palavra de Deus,pois quem assim procede está assumindo uma aliança com o próprio Deus e esse compromisso tem que basear-se verdadeiramente em seus sábios preceitos e não em pseudo-doutrinas ensinadas que redudam no desvio do que deve ser o principal foco: o ensino da Palavra de Deus, tão apta para nos conduzir ao verdadeiro entendimento da vontade do Pai e nos tornar prudentes face ao cardápio recheados de tentações que o mundo nos oportuniza a cada momento. O conhecimento secular é significativo em nossas vidas e é uma importante ferramenta para compreensão das escrituras, contudo sabedoria só obtemos quando estudamos e meditamos na Santa Palavra do nosso Deus.

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  5. Amém Reginilda, obrigado pelo belíssimo comentário, você demonstra ser alguém com alto cabedal intelectual e com uma belíssima base cristã, só quero dizer que estou aqui pra servir a todos!!!

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