domingo, 9 de outubro de 2011

Aprendendo Com as Portas de Jerusalém - lição 3 - Subsídio Histórico


NEEMIAS
Retrato Histórico de Jerusalém antes e após a Chegada de Neemias em Jerusalém – Parte II.



No subsídio histórico anterior vimos um panorama de como se deu a divisão do trabalho, o início da construção e as barreiras internas (alguns fazendo oposição), como também a força da liderança motivacional de Neemias, a forma como ele instiga o povo a não continuar em uma situação de destruição, ruína e pobreza física e espiritual.
Neste texto dessa semana veremos outro lado do início dessa construção, na realidade será feito um paralelo entre a reestruturação das portas e como aplicar o nome dessas portas simbolicamente com o mundo espiritual da Jerusalém de Deus (A igreja). A Jerusalém de Neemias era menor que a destruída pelos babilônicos, como também era menor que a Jerusalém de Salomão, tinha cerca de 86 hectares e quase 2 Km de muralhas, e nessa muralha haviam várias saídas/entradas ou portas a primeira que vamos falar aqui é a Porta das Ovelhas onde provavelmente se efetuava o comércio de gado ovino “simbolizava consagração, mais tarde recebeu o nome de porta das ovelhas. Ficava nas proximidades do Templo; e do tanque de Betesda.
Sob o ponto de vista espiritual era a porta mais importante, pois de nenhuma outra a Bíblia diz que foi consagrada, somente esta” (Recanto das Letras, acesso em 09/10/2011) É a porta de encontro com o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! (Jo 10.7,9).
A outra porta é a dos peixes que era por onde havia o comércio de peixes, onde os pescadores vendiam suas mercadorias e esse símbolo nos remete ao texto em que Jesus diz que agora os pescadores não pegariam peixes e sim pescariam almas (homens), mostrando a reprodução e multiplicação do povo de Deus “Lembra-nos dos pescadores do mar da Galiléia chamados por Deus para serem seus discípulos, tornando-se então, pescadores de homens (Mt 4.18-22)” (Recanto das letras, acesso em 09/10/2011).
A terceira Porta é a porta Velha, essa era a porta mais antiga da cidade e alguns dizem por aí que é para esquecermos do passado para nos libertar, dependendo de como se entende está correto, por exemplo, se esse passado for o tempo do pecado poderemos aplicá-la, mas se for dizer que a lei do Senhor é ultrapassada, aí estes se enganam, o homem velho deve ser mortificado, mas a sã doutrina por mais antiga que seja ela permanece até a consumação dos séculos, por isso, devemos ter cuidado com muitos modismos que aparecem, pois estes trazem sofrimento e perdição dentro da igreja, muitas pessoas procuram as portas “novas” do relativismo e dos modismos como (Nova unção, superstições litúrgicas: sal grosso, areia ungida, água ungida, travesseiro ungido e etc. além da inversão de valores).
A quarta é a Porta do Vale, foi a porta em que Neemias (Nm. 2.14) viu a situação caótica de Jerusalém durante à noite, ele passou por ela e contemplou a devastidão da cidade, e isso nos remete ao primeiro capítulo quando o mesmo chorou por causa de Jerusalém destruída e contristou seu coração, sendo impelido a fazer algo, ele quebrantou-se e disse ao Senhor com sinceridade que estava ele e o povo em pecado e que necessitava do perdão e restauração, precisamos como Neemias reconhecer nossos erros e quebrantar nosso coração a Deus, o constrangimento e humilhação trás em seu bojo resultados riquíssimos de renovação espiritual e ligação com Deus.
A de número cinco é a Porta do Lixo (monturo), e essa era uma porta onde passava o lixo da cidade, tudo o que não prestava era impelido para fora da muralha através dela. Se formos aplicar nos dias de hoje, notaremos que dentro de nossas reuniões tem entrado muito lixo na liturgia, na teologia, e na cultura da igreja, como por exemplo formas de culto estranhos quando homens usados não sei por que “força” fazem barulhos como cobras “tsi” e as pessoas ficam se debatendo no chão ou rindo compulsivamente sem nenhum objetivo plausível e ainda dizem que estão cheios do Espírito Santo. Outros chegam com heresias ridículas ao ponto de dizerem que o homossexualismo não atinge a santidade de Deus, como também alguns negam o poder divino de Jesus Cristo, outros dizem que o Espírito Santo é uma força, pessoas que não verificam detalhadamente a Palavra engolem esse lixo, come bolotas de porcos intransigentes.
As outras duas portas são as da Fonte e a de Micfade, a primeira das duas era a porta que ficava próximo ao Tanque de Siloé que está situado no vale Tiropeano, na parte sul da cidade de Davi, onde mais de 4 séculos e meio depois Jesus cura o cego (Jo 9.1-11), essa porta nos representa a fonte inesgotável que trás vida, essa é a Palavra de Deus, mas muitos tem se afastado dessa fonte e tem buscado em fontes sujas, em religiões pagãs. Alguns dizem também que essa porta pode representar a dispensação de bênçãos dada através da Graça, já a outra porta que também é chamada de porta da guarda, era a porta onde se tinha a atenção e vigilância, como também era tida como de responsabilidade, podendo representar o zelo e guarda da Palavra, como também o comissionamento do Senhor a nós dada para realização de sua oba aqui na Terra.

REFERÊNCIAS


COLEMAN, William L. Manual dos Tempos & Costumes Bíblicos, Belo Horizonte, 1991.


HOFF, Paul. Os livros históricos, São Paulo, Editora Vida, 4ª edição, 2003.


GUSSO, Antonio Renato, Panorama Histórico de Israel – Para estudantes da Bíblia, Curitiba, A.D. Santos Editora, 2010.


JOSEFO, Flavio, História dos Hebreus, Rio de Janeiro, CPAD, 8ª Edição, 2004.
                                                               
http://pt.wikipedia.org , WIKIPEDIA, acessado em 03/10/2011.

http://www.bibliaonline.com.br - Biblia online acessado em 03/10/2011.

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