quinta-feira, 8 de setembro de 2011

RECONSTRUÇÃO ESPIRITUAL NA IGREJA, UMA CARTA AO POVO DE DEUS I





No princípio da formação do Reino de Deus aqui na Terra a luz dos mandamentos foi a base de toda a doutrina da Oliveira verdadeira (Israel), tanto os céus e o mar presenciaram a relação de Deus com seu povo, a terra sofreu também junto com eles, pois quando pecavam Deus a abria e ela engolia os pecadores, o Sol que queimava durante o dia era complementado pelo frio da lua da noite gélida do deserto. Do mar o povo retirava o couro de golfinhos para encobrir o tabernáculo e da terra pêlo e couro do gado para produzir as outras camadas da cobertura.
Pelo nome das tribos todo o povo foi distribuído no deserto, sendo quatro grupos de três tribos, onde cada grupo ficava em um determinado ponto cardeal, seja norte, sul, leste e/ou oeste. Nesse período Deus chamou Moisés à tenda sagrada para o início da organização do sistema legislativo daquele povo nômade e “sem destino”, para ensinar como queimar e oferecer sacrifícios, como se santificar, como agir com os impuros, o que comer, o que beber, a quem se dirigir para resolver problemas de dificuldade extrema, como proceder em uma oferta dada ao Senhor em agradecimento, como proceder em caso de traição, adultério e fornicação, as penas que cada pecado deveria ter, o tratamento de pessoas com lepra, o resultado e consequências do pecado, como também toda relação de intimidade e santidade que o povo deveria ter.

No deserto Deus mandou que Moisés contasse o povo e dividisse as tribos com seus líderes (príncipes), dessa forma o peso de guiar mais de 2 milhões de pessoas no deserto seria dividido e diminuiria. Ora, quando os descentes de Jacó foram para o Egito não chegava ao número de 100 pessoas, mas precisamente só 70 cruzaram a fronteira do estado dos faraós e das pirâmides, mas agora eram milhões em retorno a terra prometida.
Mas, onde nós queremos chegar?
Amada igreja contemporânea, notamos que como no deserto, hoje Deus tem de usar alguém para relembrar a lei a todos e ainda dizer “Para vocês não esquecerem da lei e da doutrina guarde-as no coração com toda tua alma e todas as tuas forças, pois toda a lei é dada pelo Senhor e não deixem de ensinar aos seus filhos. Repitam essas leis em casa e fora de casa, quando forem dormir e quando acordarem, amarre-as nos braços e na testa, para nunca esquecerem e as escrevam nos batentes e nos umbrais das portas e portões de suas casas” (Dt 6.5-9)
É esse o motivo desta carta a todo o povo que se diz “Povo de Deus”! Questionamo-nos onde está agora a doutrina e a lei, as distorções são graves, naquela época o povo desviava-se para outros deuses que nem sequer existem, hoje nos desviamos para doutrinas que nem sequer estão na Bíblia. O povo de Deus sofre por causa da falta de conhecimento! Quem produziu isso? Quem está destruindo a igreja? O que estão fazendo ao Espírito Santo?
Na igreja primitiva o zelo pela doutrina era um ponto chave, todos os apóstolos tinham em comum um ensino voltado para uma fé racional, ou seja, uma fé inteligente, em que criam, mas sempre averiguavam a base na lei e nas escrituras, os crentes de Bereia são exemplo desse fato.
O apóstolo Paulo tinha uma grande preocupação em doutrinar as igrejas que formava,  sempre mandando cartas circulares, ou epístolas, com a base doutrinária para o povo, levando a interpretação da lei a todos, quando digo todos não falo só em Judeus, mas falo a toda criatura.
Antes disso Jesus disse “Ide e ensinai!”, mas esse ensino era o ensino do Reino dos Céus, da genuína Palavra de Deus. Hoje após mais de 2000 anos de era cristã podemos fazer uma balanço histórico de tudo que vem ocorrendo nos últimos anos e notamos que a essência do evangelho tem se esvaído, nós perdemos a pureza do evangelho de amor, mas como isso ocorreu? Simplesmente as pessoas hoje querem facilidades, fazem de Deus um banqueiro, do Espírito Santo um tolo, como se ele não soubesse o que é melhor para nossas vidas. O mundo capitalista tem compenetrado nas doutrinas atuais, como também ritos, símbolos, expressões e modelos de culto pagãos. A Bíblia diz que Deus abomina dividir o que é seu com deuses pagãos, é nojento, asqueroso, e inconcebível, mas  isso tem ocorrido corriqueiramente e as pessoas estão cegas, os ditos cristãos estão cegos, precisam de uma nova conversão, uma nova reforma, pois as indulgências da antiga instituição romana tem se alastrado principalmente no meio pentecostal e neopentecostal. A busca desenfreada por bens materiais tem criado um enorme número de “crentes” frustrados, sempre querendo cada vez mais, igualando-se ao jovem rico que não sabia trocar sua riqueza pelo Reino e invertendo o valor do evangelho.
Não somos fatalistas, Deus quer que sejamos prósperos, mas não porque eu dou isso ou aquilo - não é uma lei de troca - para uma instituição ou organização que se posiciona como igreja, a verdadeira igreja somos nós, reunião de pessoas congregadas com um só interesse, que é antes de tudo, conhecer a Deus e sua justiça através de um serviço totalmente dependente dele e as outras coisas vem por consequência, quando a Bíblia fala a palavra “prosperidade” ela se refere a paz, harmonia e crescimento integral do ser humano, não somente a bens materiais, pois o Reino de Deus não é material, o próprio Jesus afirma que não deveríamos nos preocupar com roupas, comida, bebida, porque Deus sabe de todas as nossas necessidades e ainda vai além, os que se preocupam com isso são os “pagãos”, isso não é invenção está escrito! (Mt 6.28-33).
Na própria parábola de o rico e Lázaro Jesus faz questão de mostrar que o rico condenado usava uma indumentária, como que roupas reais de púrpura e linho finíssimo (Lc 16.19) e isso é digno de destaque porque mostra que nem todo salvo precisa ser rico, pois a riqueza está em um coração pobre de espírito, ou seja, humilde.
Termos que são usados hoje até dentro da teologia tem se alastrado e corroborado para mistureba com o paganismo da mitologia, veremos dois exemplos disto, um termo corriqueiramente usado no meio teológico é “Hermenêutica”, nome pomposo e muito bonito, mas que tem em sua etimologia a história do deus grego Hermes, então falar em hermenêutica bíblica é o mesmo que dizer que o deus Hermes ajuda a interpretar a Bíblia, já que o mesmo era considerado o intérprete entre os deuses e o homem, mas sabemos quem é o verdadeiro intérprete entre Deus e o homem, o nosso amado Espírito Santo, deveríamos rever esse tipo de conceito, você pode até está dizendo que é radicalismo, mas Deus dizia sempre a seu povo “Se vocês chegarem em uma terra para tomar posse e lá existir um altar a um deus, destrua-o! Pois isso é abominação a Deus, pois ele odeia como os pagãos adoram seus deuses, oferecendo até seus filhos!” (Dt 12.29-32). Outro uso é o termos Atlas Bíblico, agora é feita a pergunta: Você sabe quem é Atlas? É um deus grego que segundo a mitologia grega é responsável por segurar o planeta Terra no espaço, ou seja, fazê-lo flutuar. Quando falamos Atlas bíblico, estamos dizendo que Atlas é um deus da Bíblia, melhor seria dizer, mapas bíblicos. Estes são apenas dois dos exemplos de muitos que existem.
Outro problema grave são os ritos de magia, como vemos alguns exemplos no Novo Testamento e todos foram repreendidos, exemplos Simão, o mago (At. 8.9-24), Elimas ou Barjesus (At 13.6...) A jovem de Filipos (At 16.16...) e os filhos de Ceva (At 19.14-16). Nas denominações ditas neopentecostais e até em algumas pentecostais vemos pessoas fazendo ritos com sal, meia, escada, fogueira, tendas, tudo isso atrelado a uma jogada de marketing em cima da ignorância alheia, ao ponto de pedirem ofertas estupendas para “A” ou “B” ser abençoado, superstição inconsequente, esse é o nome que podemos dar, ou até simpatia. Usam também amuletos, falam mal dos terços católicos, mas “benzem” e “ungem” meias, sal, óleo, pedras, areia de Israel, paredes e etc.
O último e um dos mais graves problemas é a divisão por causa de interesses próprios, homens ditos e “consagrados” como pastores não estão muito preocupados com suas “ovelhas”, mas estão de olho no quanto pode arrecadar delas, o quanto pode ficar rico ou até mesmo manter seus luxos: viagens pra Israel, hotéis altamente caros, carrões, jatinho particular, limousine e principalmente referência como Pop Star, como se esse título fosse superior ao de ser servo de Deus. Aproveitando-se da falta de hábito do cristão brasileiro ler a Bíblia, chegam ao ponto de confrontarem a ignorância alheia vendendo livros e Bíblias a preços exorbitantes de quase R$1.000,00 – sabendo-se que nenhum livro, seja a Bíblia ou um outro qualquer não tem custo por unidade superior a R$ 50,00.
Por isso, amados esta carta é para alertar ao povo que perece por falta de conhecimento, precisamos de um metanoia, ou seja, de uma mudança de atitude de dentro para fora em nossos ministérios e denominações, seja você tradicional, pentecostal ou neopentecostal, não aceite ser enganado por ninguém, porque Jesus disse que ao conhecermos a verdade ela nos liberta, e não é só do pecado, mas também da ignorância, por isso estejamos sempre firmes e constantes no estudo da genuína Palavra de Deus.

Algumas das palavras destacadas em negrito possuem suas particularidades, tente descobrir a origem destes nomes antes de sair do texto e compreenda melhor a relação dele com a Torah!

Fiquem na graça e na paz do nosso Senhor Jesus!


Próxima carta: RECONSTRUÇÃO ESPIRITUAL NA IGREJA, UMA CARTA AO POVO DE DEUS - METANÓIA


2 comentários:

  1. Meus parabens, é isto mesmo, alertar o povo para estar atento diante de tamanha aberrações.Que Deus te abençõe

    ResponderExcluir
  2. Concordo. Creio oque o povo de Deus em só não muda, só evolue. Hoje o deserto é a Terra toda, e as tribos são as denominações, é necessário estár sempre aprendendo através dos profetas que Deus usa para nos, como você disse, para nos lembrar das leis do Senhor. Se bem que hoje tem a bíblia, mas, como eu disse, as coisas não mudaram, só evoluiram. Que Deus abençoe!

    ResponderExcluir

Faça valer a sua ideia!