Lição 2 - Esperança em Meio à Adversidade, Subsídio: Professor Érick - Parte I

Queridos, como falei, o assunto deste trimestre trará um estudo doutrinário bíblico, senão teológico, com isso, será necessário um estudo hermenêutico mais acurado. Notadamente estaremos falando dos versos propriamente ditos, seu contexto e sua aplicabilidade. Anteriormente estudamos a relação de Paulo com a igreja em Filipos, um amor notadamente fraternal. Vimos também um pouco sobre a cidade, como também o propósito e a autoria da carta.

Agora vamos falar sobre as adversidades e a esperança que temos para superá-las:

“Quero que saibam, irmãos, que aquilo que me aconteceu tem antes servido para o progresso do evangelho.Como resultado, tornou-se evidente a toda a guarda do palácio e a todos os demais que estou na prisão por causa de Cristo”.(Filipenses 1:12-13)

Como Paulo, quando alguém se doa pelo evangelho, tem o trabalhar pelo Senhor como uma dádiva, serve a Deus de coração como um favor da graça Divina. O evangelho é Boas Novas. Mesmo estando preso Paulo não perdia a oportunidade de proclamar o evangelho, não promoveu uma autopiedade, não! Paulo não é pieguista, não se dizia coitadinho e digno de pena, pelo contrário “O apóstolo avisa de tal perigo, afirmando que o evangelho fora promovido por meio de suas algemas”. (CALVINO, 2010, p.385) A perseguição ao apóstolo era nada mais nada menos que a confirmação e afirmação do evangelho em sua vida, um encorajamento para os crentes filipenses em meio a possíveis perseguições. Para ele o sofrimento e o acossamento eram o cumprimento do amor ao evangelho (Mt 5:11).

A perseguição e opressão impostas a Paulo não eram simplesmente de origem humana, tampouco diabólica, pelo contrário, antes de ser uma ou outra e até ambas, tudo foi pela soberana vontade de Deus, acreditava nos planos e projetos divinos que tudo o que sofrera, calúnia, açoites e solidão faziam parte desta transcendente vontade. Pois tudo o que ocorrera era para expansão do evangelho para a glorificação do nome de Cristo. Algumas referências de Atos dos apóstolos mostram várias perseguições cometidas contra o ministério de Paulo (9:23-25; 9:26-28; 9:30; 14:19; 16:19-26; 17:5,13; 17:17,18; 18:12; 21.27,28: 23:31; 24:1-9). Mesmo sendo vítima de perseguições e desprezo, tortura e prisão, exposição e ridicularização, ainda possuía ânimo para encorajar outros.