Lição 1: Paulo e a Igreja em Filipos (Subsídio Exegético)
A paz do Senhor, irmãos!
Neste trimestre iremos discorrer sobre a epístola aos filipenses e nela
perceberemos a necessidade, como irmãos em Cristo Jesus, de um relacionamento
saudável com o Senhor e com os santos. Hoje iremos abordar duas palavras em
grego que se refere à oração e como a atitude de oração pode fortalecer nossos
laços.
Fazendo sempre, em todas as minhas orações, súplicas
por todos vós com alegria
Filipenses 1.4
Δέομαι (deomai)
As palavras traduzidas por oração e
súplicas no versículo supracitado, no grego, são a mesma “δεήσει” (deêsei)
plural de “δεήσις” (deêsis) e derivação de “δέομαι” (deomai). Essa palavra
significa: perguntar, pedir, implorar, rogar e, no versículo citado, denota
pedidos, petições. Sem muitas delongas, a palavra grega usada aqui se refere a
uma oração que pede. Paulo como um dos servos de Jesus Cristo, cuja
responsabilidade envolve “a defesa e a afirmação do evangelho” (Fp 1.7 – Bíblia
de Jerusalém), entende a necessidade do cuidado com as almas as quais foram alcançados
pela mensagem do evangelho. Sabendo que a saúde da igreja também depende de sua
postura, o enviado (ὁ ἀπόστολος: o apóstolo), se coloca em oração em favor de
seus irmãos em Cristo. O que há de interessante aqui é que na prática de Paulo
existe algo que muitos líderes abandonaram, a intercessão. Muitos assumem
igrejas, almejam estarem à frente de uma congregação, mas não cultivam uma vida
de oração. Quando passam a presidir uma assembleia continua orando, mas só por
si mesmos, não oram por suas congregações, não oram pelas necessidades da
congregação, não pedem, não rogam intensamente pela necessidade da igreja. Como
pregador Paulo demonstrava seu compromisso em sua preocupação com o ensino no
versículo 9, quando ora. Vejamos:
E
isto peço em oração: que o vosso amor aumente mais e mais no pleno conhecimento
e em todo o discernimento,
Filipenses 1.9
No
relacionamento entre o guia e a igreja, o homem de Deus tem que estar disposto
a investir tempo no ensino e na oração. Um grande exemplo é o profeta Samuel “E
quanto a mim, longe de mim esteja o pecar contra o Senhor, deixando de orar por
vos; eu vos ensinarei o caminho bom e direito.” (I Samuel 12.23)
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Referências:
COENEN, Lothar; BROWN,
Colin (Org.). Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento Grego. 2ªSão Paulo, SP: Vida Nova, 2000. 2v.
LUZ, Waldir Carvalho. Novo Testamento Interlinear. São
Paulo, Sp: Cultura Cristã, 2003.