sábado, 6 de julho de 2013

Lição 1: Paulo e a Igreja em Filipos (Subsídio Exegético); Por Cleiton Medeiros


Lição 1: Paulo e a Igreja em Filipos (Subsídio Exegético)

 

A paz do Senhor, irmãos!

 

Neste trimestre iremos discorrer sobre a epístola aos filipenses e nela perceberemos a necessidade, como irmãos em Cristo Jesus, de um relacionamento saudável com o Senhor e com os santos. Hoje iremos abordar duas palavras em grego que se refere à oração e como a atitude de oração pode fortalecer nossos laços.

Fazendo sempre, em todas as minhas orações, súplicas por todos vós com alegria

Filipenses 1.4

 

Δέομαι (deomai)

 As palavras traduzidas por oração e súplicas no versículo supracitado, no grego, são a mesma “δεήσει” (deêsei) plural de “δεήσις” (deêsis) e derivação de “δέομαι” (deomai). Essa palavra significa: perguntar, pedir, implorar, rogar e, no versículo citado, denota pedidos, petições. Sem muitas delongas, a palavra grega usada aqui se refere a uma oração que pede. Paulo como um dos servos de Jesus Cristo, cuja responsabilidade envolve “a defesa e a afirmação do evangelho” (Fp 1.7 – Bíblia de Jerusalém), entende a necessidade do cuidado com as almas as quais foram alcançados pela mensagem do evangelho. Sabendo que a saúde da igreja também depende de sua postura, o enviado (ὁ ἀπόστολος: o apóstolo), se coloca em oração em favor de seus irmãos em Cristo. O que há de interessante aqui é que na prática de Paulo existe algo que muitos líderes abandonaram, a intercessão. Muitos assumem igrejas, almejam estarem à frente de uma congregação, mas não cultivam uma vida de oração. Quando passam a presidir uma assembleia continua orando, mas só por si mesmos, não oram por suas congregações, não oram pelas necessidades da congregação, não pedem, não rogam intensamente pela necessidade da igreja. Como pregador Paulo demonstrava seu compromisso em sua preocupação com o ensino no versículo 9, quando ora. Vejamos:

 

E isto peço em oração: que o vosso amor aumente mais e mais no pleno conhecimento e em todo o discernimento,

                                                                                Filipenses 1.9

 

No relacionamento entre o guia e a igreja, o homem de Deus tem que estar disposto a investir tempo no ensino e na oração. Um grande exemplo é o profeta Samuel “E quanto a mim, longe de mim esteja o pecar contra o Senhor, deixando de orar por vos; eu vos ensinarei o caminho bom e direito.” (I Samuel 12.23)

 

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Referências:

COENEN, Lothar; BROWN, Colin (Org.). Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento Grego. 2ªSão Paulo, SP: Vida Nova, 2000. 2v.

LUZ, Waldir Carvalho. Novo Testamento Interlinear. São Paulo, Sp: Cultura Cristã, 2003.

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