Grandes
lições estamos aprendendo com a vida do servo de deus Daniel, a sua
vida nos mostra o quanto é importante a confiança em Deus e a
dependência de sua vontade e soberania. Algo escasso entre os
cristãos nos dias atuais, mas nesta semana aprenderemos o que é
realmente confiar em Deus e entender que ele rege os tempos e eras e
escreveu toda a história antes mesmo de ter acontecido (Sl 139:16).
Os nossos dias e a nossa vida foi escrita por Deus. E é neste mesmo
parâmetro que Deus mostra a Nabucodonosor que Ele é soberano sobre
a História da humanidade.
No
ensino secular de História estudamos em história da antiguidade
sobre quatro grandes impérios que existiram ao longo de quase dois
milênios. A figura do sonho de Nabucodonosor trata dos detalhes
destes impérios e um quinto que, segundo alguns interpretes ainda
virá a existir, segundo outros, já foi estabelecido não como reino
físico, mas como reino espiritual, mas isso não passa de
interpretações. O mais importante é entendermos que Deus
prescreveu toda a história.
O
sonho
O
rei babilônico sonhou e este sonho o perturbou, mas como perturbou?
Nabucodonosor estava preocupado com o futuro de seu império, após
muitas conquistas estava meio perdido. E esta preocupação lhe
custou um sonho que Deus o quis conceder. Era a resposta para suas
indagações, mas também era o dilema da transição de impérios,
inclusive a destruição do primeiro e atual império babilônico.
Após
sonhar o rei convoca os sábios da terra da Babilônia e pede para
que eles contem o sonho do rei e interpretem. Absurdo! Com certeza
pensaram alguns destes sábios. Se fosse pelo menos para interpretar
era mais fácil, mas “adivinhar” o sonho era impossível!
Realmente para o homem é impossível se ater das coisas de Deus. É
inconcebível alguém conseguir descobri um sonho de outro! Para Deus
não.
O
rei indignado com seus magos e sábios decreta que todos serão
mortos e suas casas virarão lixo. Já que não resolveram o dilema
do rei seriam mortos. Aí vem uma questão, será que o rei havia
esquecido o sonho? Acho improvável. Até mesmo porque o rei teria
tido este sonho repetidas vezes. A questão era o teste, o rei não
queria ser bajulado. Queria uma resposta precisa e sincera. Como
nenhum discerniu naquela reunião, todos seriam mortos.
O
rei convoca Arioque e manda executar o édito. Arioque com certeza,
pelo que notamos no texto vai meio constrangido e quando se apresenta
e conta a Daniel o ocorrido o servo de Deus se preocupa. Daniel e
seus três amigos acabaram de se tornar sábios do reino da babilônia
e não tinham sido convidados para descobrir e discernir o sonho.
Seria injusto? Eles seriam mortos também. Mas, isso era o plano de
Deus. Daniel pede tempo para buscar a Deus e afirma que conseguirá
descobrir e interpretar o sonho, pediu então que Arioque aguardasse
e falasse com o rei. Arioque prontamente atendeu e contou ao rei que,
com certeza, achou justo já que os judeus recém-formados sábios
eram destaque e não foram convocados.
Chegou
a hora e Daniel foi convocado e então disse: “Quando
estavas deitado, ó rei, tua mente se voltou para as coisas futuras,
e aquele que revela os mistérios te mostrou o que vai acontecer.
Quanto a mim, esse mistério não me foi revelado porque eu tenha
mais sabedoria do que os outros homens, mas para que tu ó rei,
saibas a interpretação e entendas o que passou pela tua mente. "Tu
olhaste, ó rei, e diante de ti estava uma grande estátua: uma
estátua enorme, impressionante, e sua aparência era terrível. A
cabeça da estátua era feita de ouro puro, o peito e o braço eram
de prata, o ventre e os quadris eram de bronze, as pernas eram de
ferro, e os pés eram em parte de ferro e em parte de barro. Enquanto
estavas observando, uma pedra soltou-se, sem auxílio de mãos,
atingiu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmigalhou.
Então o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro foram
despedaçados, viraram pó, como o pó da debulha do trigo na eira
durante o verão. O vento os levou sem deixar vestígio. Mas a pedra
que atingiu a estátua tornou-se uma montanha e encheu a terra toda.
"Foi esse o sonho, e nós o interpretaremos para o rei. Tu, ó
rei, és rei de reis. O Deus dos céus te tem dado domínio, poder,
força e glória; nas tuas mãos ele colocou a humanidade, os animais
selvagens e as aves do céu. Onde quer que vivam, ele fez de ti o
governante deles todos. Tu és a cabeça de ouro. "Depois de ti
surgirá um outro reino, inferior ao teu. Em seguida surgirá um
terceiro reino, reino de bronze, que governará sobre toda a terra.
Finalmente, haverá um quarto reino, forte como o ferro, pois o ferro
quebra e destrói tudo; e assim como o ferro a tudo despedaça,
também ele destruirá e quebrará todos os outros. Como viste, os
pés e os dedos eram em parte de barro e em parte de ferro. Isso quer
dizer que esse será um reino dividido, mas ainda assim terá um
pouco da força do ferro, embora tenhas visto ferro misturado com
barro. Assim como os dedos eram em parte de ferro e em parte de
barro, também esse reino será em parte forte e em parte frágil. E,
como viste, o ferro estava misturado com o barro. Isso quer dizer que
se procurará fazer alianças políticas por meio de casamentos, mas
essa união não se firmará, assim como o ferro não se mistura com
o barro. "Na época desses reis, o Deus dos céus estabelecerá
um reino que jamais será destruído e que nunca será dominado por
nenhum outro povo. Destruirá todos esses reinos e os exterminará,
mas esse reino durará para sempre. Esse é o significado da visão
da pedra que se soltou de uma montanha, sem auxílio de mãos, pedra
que esmigalhou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro. "O
Deus poderoso mostrou ao rei o que acontecerá no futuro. O sonho é
verdadeiro, e a interpretação é fiel". (Daniel
2:29-45 – NVI)
Daniel
não vivenciou estes reinos, mas já os conhecemos:
1)
Império babilônico (636 a.C. a 539 a.C.) Cabeça de ouro.
2)
Império Medo-persa (539 a.C. a 330 a.C.) Peito e braços de prata.
3)
Império Grego (330 a.C. a 63 a.C.) Ventre e quadris de bronze
4)
Império Romano (63 a.C. a 475 d.C.) As pernas de ferro, pés de
ferro e barro.
O
último reino alguns dizem que já está sendo executado, outros
dizem que não:
5)
Pedra (Reinado da pedra angular, Jesus o Cristo)
Com
tudo isso só notamos uma coisa única e simples, Deus é o Senhor da
história e já a construiu através dos séculos dos séculos, ou da
atemporalidade, já que para Deus não há tempo pois Ele é eterno!
Glória seja dada a Ele!
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