É importante saber uma coisa durante
o trimestre que se passou e nos trouxe uma série de ensinos de Tiago
que com certeza não foram explorados a fundo nem pelo autor da lição
e tampouco por nós professores, mas fazendo um pequeno resumo do que
tivemos nas últimas quatro lições podemos tirar alguns
aprendizados para nossa prática de vida cristã.
Na lição 10 é importante
notarmos a diretividade do autor da epístola quando incisivamente
constrói em seu capítulo 4 a lista de uma série de atos que
distanciam o homem da presença de Deus. Como: 1) Busca pelos
próprios desejos (v.1); 2) Presunção (v.2); 3) Cobiça (v.2); 4)
Inveja (v.2); 5) Petição egoísta (v.3); 6) Adultério espiritual
fazendo amizade com o mundo (v.4); 7) Mente dividida – duplo ânimo
(v.8).
Na lição 11 aprendemos com o
decorrer do texto do capítulo 4 que jamais devemos falar mal dos
irmãos e não julgá-los pela lei, porque quem julga a lei é juiz,
por isso, juiz só há um, o soberano Deus. Na realidade, Tiago
continua neste texto criticando a presunção de alguns que fazem
planos e pensam que sabem o que poderá acontecer, por isso o autor
da epístola e irmão do Senhor nos mostra que tudo deve ser guiado
pela vontade soberana de Deus e não pelos nossos desejos e
aspirações já que somos seres humanos limitados. Ele ataca a
presunção quando diz: “Mas, agora, vos gloriais em vossas
presunções; toda glória como tal é maligna” (v.16). Ora, toda
glória de si próprio é maligna porque exalta a criatura em
detrimento ao criador, o que somos para tal ato? Por que nos
gloriarmos em o que não temos controle algum que é a vida e o
tempo?
E o que é soberania? O que torna
nosso Deus soberano? Segundo o conceito comumente usado em
dicionários da língua portuguesa temos a soberania como a
característica daquele que não tem alguém superior a ele nem
externa nem internamente. Os países por exemplo são soberanos, mas
não são absolutos. E por que não são absolutos? Porque poderá
haver interferência externa em casos contra a humanidade e a vida.
Diferente dos países e governos, Deus é um soberano de ordem
absoluta porque tudo o que ocorre está sob a sua égide e seu
governo, nada pode escapar dEle (Salmos 95 e 139). Ninguém é maior
que Ele. Glória a Deus!
Na lição
12 temos
a conclusão do capítulo 4 e início do capítulo 5 da epístola do
irmão de Cristo. Nesta lição discorremos sobre três tipos de
pecados que muitos de nós cometemos: 1) Omissão; 2) Comissão e 3)
Opressão. O primeiro trata do último verso do capítulo 4 que diz
que aquele que sabe fazer o bem e não faz também está cometendo
pecado, este tipo de pecado é chamado de omissão, por exemplo, se
sabemos que levar o evangelho a toda criatura é um ato da bondade de
Deus que devemos executar e não fazemos então somos omissos, como
também se podemos ajudar o próximo e não ajudamos somos omissos.
Isso ocorre corriqueiramente nas portas de nossas casas como quando
atendemos um pedinte e a este negamos comida se mesmo a tivermos para
dividir, negamos uma palavra de conforto de temos a dá, negamos
assim a Cristo porque como afirma anteriormente o autor, “A fé sem
as obras é inexistente”. Omissão é pecado do não fazer. O
segundo se refere aqueles que cometem os seus erros propositalmente,
sabem que mentir é pecado e vivem uma vida de mentiras, por exemplo,
um cristão que seja vendedor e fica dizendo que comprou um produto
por “x” valor e só pode vender pelo valor “y” mesmo sabendo
ele que comprou três quatro vezes um valor menor do que o que
afirmou. Vive mentindo e se traveste de cristão “puro”. Outra
forma de pecado de comissão é reincidir diuturnamente no pecado da
fofoca, do adultério, cometendo de forma proposital e corriqueira
aquele mesmo pecado. Como diz o ditado popular “errar uma vez é
humano, mas repetir no erro é burrice”, parafraseando eu diria
assim: “errar uma vez é humano e é pecado, mas errar
corriqueiramente é cometer abuso e sabotar a si mesmo”, pois quem
peca por comissão está perdendo tempo em ser cristão, antes viva
uma vida de pecado e vá para o inferno em plena consciência! O
terceiro é o pecado de opressão, este é praticado comumente por
organizações empresariais, mas se formos mais honestos os maiores
opressores da população brasileira é o governo que oprime
discriminadamente tanto os empresários como os trabalhadores com
abusos na cobrança de impostos exorbitantes, para se ter uma ideia
trabalhamos quase cinco meses do ano só para dar dinheiro ao luxo do
governo. A câmara federal nos custa anualmente cerca de 1 bilhão de
reais em salários para 510 deputados federais e seus serviçais. Um
custo equivalente a manutenção de
cinco anos de todo o aparato policial militar do estado do Rio Grande
do Norte (dados obtidos do portal da transparência do RN em
http://www.transparencia.rn.gov.br/despesasdet.aspx?perfil=2&nvl=1&exercicio=2014&pos=1&mes=9&fase=0).
Estou falando de mais de 10 mil servidores da polícia militar
recebendo salários integralmente durante cinco anos! Não me deterei
a mais detalhes porque estes dados já são absurdos.
Na 13ª
e última lição
o assunto gira em torno de
alguns últimos conselhos dados por nosso irmão Tiago: 1) O valor da
paciência; 2) A proibição do juramento; 3) O real significado da
unção dos enfermos e 4) A importância da conversão de um irmão.
Estes sábios conselhos nos
ajudam a manter uma igreja sadia e preocupada uns com os outros em um
clima de comunhão – koinonia.
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