Introdução
Paulo, ao falar aos cristãos de Corinto, fez uma colocação que se olharmos com um olhar pedagógico poderemos iniciar o nosso aprendizado de hoje com muita propriedade o texto é: "quando eu era menino, agia como menino, discursava como menino. Mas quando cheguei a ser homem, deixei as coisas de menino" (I Cor.13:11). Isso quer dizer que a concepção psicológica de alguém sofre mutação durante a sua vida, quando criança passamos por várias fases de desenvolvimento segundo Jean Piaget, são esses períodos Sensório moto (0 a 2 anos), ou seja, ao nascermos começamos a conhecer os objetos através da motricidade, do toque ao físico ao material, passamos também durante essa fase pelo o que Freud chama de período oral, tudo pomos na boca para a identificação, logo depois entramos no período pré-operatório (3 a 6 anos), ou seja, a criança deste estágio: é egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, abstractamente, no lugar do outro, não aceita a ideia do acaso e tudo deve ter uma explicação, já pode agir por simulação, "como se", possui percepção global sem discriminar detalhes e deixa-se levar pela aparência sem relacionar fatos. Podemos dizer que a criança e egocentrista da sua maneira ou seja, implica a ausência da necessidade, por parte da criança, de explicar aquilo que diz, por ter certeza de estar sendo compreendida. Da mesma forma, o egocentrismo é responsável por um pensamento pré-lógico, pré-causal, mágico, animista e artificialista. O raciocínio infantil não é nem dedutivo nem indutivo, mas transdutivo, indo do particular ao particular; o juízo não é lógico por ser centrado no sujeito, em suas experiências passadas e nas relações subjetivas que ele estabelece em função das mesmas. Os desejos, as motivações e todas as características conscientes, morais e afetivas são atribuídas às coisas (animismo). A criança pensa, por exemplo, que o cão ladre porque está com saudades da mãe. Por outro lado, para as crianças até os sete ou cinco anos de idade, os processos psicológicos internos têm realidade física: ela acha que os pensamentos estão na boca ou os sonhos estão no quarto. Dessa confusão entre o real e o irreal surge a explicação artificialista, segundo a qual, se as coisas existem é porque alguém as criou.
Estágio das operações concretas, mais ou menos dos 7 aos 11 anos: a criança já possui uma organização mental integrada, os sistemas de acção reúnem-se em todos integrados. Piaget fala em operações de pensamento ao invés de acções. É capaz de ver a totalidade de diferentes ângulos. Conclui e consolida as conservações do número, da substância e do peso. Apesar de ainda trabalhar com objectos, agora representados, sua flexibilidade de pensamento permite um sem número de aprendizagens.
Estágio das operações formais, mais ou menos dos 12 anos em diante: ocorre o desenvolvimento das operações de raciocínio abstracto. A criança se liberta inteiramente do objecto, inclusive o representado, operando agora com a forma (em contraposição a conteúdo), situando o real em um conjunto de transformações. A grande novidade do nível das operações formais é que o sujeito torna-se capaz de raciocinar correctamente sobre proposições em que não acredita, ou que ainda não acredita, que ainda considera puras hipóteses. É capaz de inferir as consequências. Tem início os processos de pensamento hipotético-dedutivos.
A partir desse último estágio começamos a falar numa educação diferenciada, mais subjetiva e abstrata, mas mesmo assim notamos que ainda há uma diferença entre o aprendizado e o desenvolvimento psicológico entre um adolescente de 12 anos e um jovem com mais de 20 anos e até com alguém na idade dos 30 ou mais anos. Na realidade a mente humana é muito complexa o aprendizado é tido de forma individual, apesar que, podemos dirimir algumas conclusões de como se dá o aprendizado na pessoa adulta.
A Andragogia
Como falado no início de nosso texto quando cita-se o texto de Paulo aos Coríntios, um adulto age de forma diferente de uma criança e/ou adolescente, a percepção sócio-crítica, cultural e ideológica é peculiar a faixa de idade, o interesse em tipos de aprendizado também é diferente.
Linderman, E.C, em 1926, ao pesquisar como se educar adultos para a Associação americana de educação de adultos percebeu algumas alguns erros nesse tipo de ensino e escreve:
O termo Andragogia - A Arte e Ciência de Orientar Adultos a Aprender foi definido por Malcom Knowles em 1970 utilizando-se das idéias de Linderman. Foi a partir desse momento que muitos pesquisadores e educadores tentaram aplicar esses métodos de ensino e dá um olhar diferenciado a prática andragógica.
Existem seis principais pilares da andragogia, são eles:
Existem seis principais pilares da andragogia, são eles:
1. Necessidade de saber: adultos precisam saber por que precisam aprender algo e qual o ganho que terão no processo.
2. Autoconceito do aprendiz: adultos são responsáveis por suas decisões e por sua vida, portanto querem ser vistos e tratados pelos outros como capazes de se autodirigir.
3. Papel das experiências: para o adulto suas experiências são a base de seu aprendizado. As técnicas que aproveitam essa amplitude de diferenças individuais serão mais eficazes.
4. Prontidão para aprender: o adulto fica disposto a aprender quando a ocasião exige algum tipo de aprendizagem relacionado a situações reais de seu dia-a-dia.
5. Orientação para aprendizagem: o adulto aprende melhor quando os conceitos apresentados estão contextualizados para alguma aplicação e utilidade.
6. Motivação: adultos são mais motivados a aprender por valores intrínsecos: autoestima, qualidade de vida, desenvolvimento.
Pastor que Deus abençõe, a ti e a sua casa.
ResponderExcluirGostei muito deste estudo, o meu conhecimento pedagógico é pouco pois não possuo formação nesta área, apesar de amar o ensino, trabalho na minha igreja na escola dominical e lhe peço ajuda, se possível for com estes estudos e outros.
meu email sorayareobote@r7.com e que Deus o recompense.