Zacarias
O
livro de Zacarias é dividido em duas partes principais, segundo
alguns estudiosos, seguindo um padrão literário bem antigo. O seu
primeiro conteúdo são profecias autênticas datadas por volta da
segunda metade do século VI a.C. Estas compõem os capítulos de 1-8
contendo esta oito visões em sua totalidade: A visão dos cavalos
(1.7-17), a visão de quatro chifres e de quatro artesãos (1.18-21),
a visão da corda métrica (2), a visão do sumo sacerdote Josué
(3), o candelabro e as duas oliveiras (4), o pergaminho e o cesto que
voam (5.1-4), A mulher dentro da cesta (5.5-11) os carros de guerra
(6.1-8).
Na
segunda parte, o conteúdo está repleto de um discurso das últimas
coisas ou coisas futuras, em forma de poesia, sumariando vários
temas proféticos desde os profetas Maiores aos menores. Aqui o texto
é repleto de citações messiânicas, alguns eruditos afirmam
categoricamente que nesta parte o Senhor trata através de Zacarias o
futuro do Mashiah, sua rejeição por seu povo e sua aceitação
futura, concorrendo e concordando com Isaías 53.3, formando após
esta aceitação a restauração final da nação de Israel,
deixando-a no confortável patamar de pioneira da restauração
Universal, já que o Messias sai desta, confirmando o texto de Simeão
no evangelho escrito pelo médico Lucas (cf Lc 2:30-32.)
Zacarias
é a palavra hebraica para "Yahweh lembra". Este nome,
Zacarias, é o nome mais comum nas Escrituras no Antigo Testamento,
cerca de 30 pessoas diferentes tinham este nome. Mas, o único
profeta de destaque com esse nome foi o neto de Ido, que era líder
de uma família de sacerdotes. O pai de Zacarias se chamava Berequias
(Zc 1.1). Por isso, Zacarias não só foi profeta, mas também fazia
parte do grupo dos sacerdotes tendo uma visão mais ampla e
dicotômica da situação espiritual de Israel.
De
todos os profetas, Zacarias foi o mais messiânico, como já dito,
ele profetizou sobre temas muito parecidos com o profeta maior
Isaías. As profecias messiânicas no livro de Zacarias são tão
contundentes que é aceito que ele escreveu mais sobre o Mashiah que
todos os profetas menores juntos.
O
teísmo de Zacarias
Nos
oráculos exposto por meio de Zacarias, Deus mostra que Ele interfere
diretamente na criação, não os abandonou, que está vendo e
contemplando tudo o que ocorre embaixo na Terra, mostra claramente
como trata os desobedientes que se desviam da Palavra e de suas
orientações, deixando claro a real causa do cativeiro babilônico
(Zc 7.8-14). Bem diferente do que prega o deísmo, que colabora para
uma teoria da Força criativa (pessoal e impessoal), ou seja, criando
pessoalmente a humanidade e logo depois deixando-os a merce da
natureza.
Pecaminosa
preguiça
Os
oráculos transcritos e também verberados por Zacarias trazia em seu
escopo, advertências aos preguiçosos, no mesmo tom ou até mais
enfaticamente a Ageu que, deu uma dura nos desacordados para a
reconstrução do templo que pouco mais de meio século antes havia
sido destruído por Nabucodonosor. Ageu conseguiu motivá-los para
construir as fundações do templo, antes salomônico, mas a preguiça
voltou e entorpeceu o povo. Aí mais uma vez Deus manda um outro
profeta, contemporâneo de Ageu, mas com um ministério mais
prolongado, para reerguer a vontade do povo em trabalhar para Deus.
Nos nossos dias temos necessitado de muitos Ageus e Zacarias, pois o
esfriamento da obra tem trazido apostasia até dentro da igreja. Não
é uma apostasia de abandono de uma ou outra instituição, mas a
apostasia da doutrina e da Palavra, precisamos de homens e mulheres
como Zacarias, precisamos de servos prontos a alertar o povo de toda
a sorte de desvios de conduta do povo que se dia de Deus. É
necessário estarmos na dependência do Senhor e sob o ensino de sua
Palavra, precisamos acordar! Acorda Igreja do Senhor! O messias já
veio e está às portas de seu retorno, Ele virá com alarido e
levará somente os fieis aqui desta Terra, sua glória é imensa, seu
poder é incalculável, seu caráter é inestimável, sua graça e
soberania são imutáveis. Quem está pronto? Nós não devemos nos
prepararmos, devemos já está preparados como as virgens prudentes,
acesos pela Palavra, ativos na sua obra, indo e evangelizando,
fazendo e continuando a Obra que ele deixou aqui na terra para nós
seus escravos! Devemos servir ao próximo com a Palavra, devemos
fazer com auto-motivação a sua obra, com espírito voluntário
levar a luz para as nações!
A
visão do sumo sacerdote, uma previsão expiatória de Yeshua
A
visão dada ao profeta sobre o sumo sacerdote Yehoshua (Josué) é
uma prévia perspectiva do salvador no seu sacrifício expiatório,
tanto o nome Jesus como Josué são a mesma coisa em hebraico,
possuem o mesmo significado, "Salvação de Yahweh". O sumo
sacerdote Josué está vestido de roupas impuras, isso é tipológico,
pois simboliza o pecado de todos os povos que recai sobre Cristo na
cruz, em Josué era o pecado da nação. Na visão as roupas impuras
são retiradas de Josué, consequenciando então a lógica de perdão
dos pecados nacionais de Israel que seria um retrato do sacrifício
vindouro de Cristo quando o mesmo se sacrifica para expiação de
nossos pecados. Essa mediação e reconciliação da humanidade com
Deus seria feita em um único dia (cf 3.9), quando o mashiah (cf 3.8;
6.12), descendente de Davi for ferido e traspassado (cf 12.10) e uma
fonte jorrará (cf 13.1)
Vemos
também o cumprimento de outras citações sobre o Mashiah no Novo
Testamento, em Malaquias 9:9 falasse na entrada triunfal de Cristo em
Jerusalém que se cumpriu em Mt 21:5, suas mãos traspassadas (Ml
12.10) que se cumpriu em João 19.37. E o Pastor ferido (Ml 13.7) que
se cumrpiu em Mt 26:31.
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Referências
HALLEY, Henry Hampton. Manual Bíblico de Halley: Nova Versão Internacional. São Paulo: Editora Vida Acadêmica, 2002.
CHAMPLIN, Russel Norman. Enciclopedia de Bíblia, Teologia & Filosofia, volume 6. São Paulo: Editora Hagnos, 10a. ed, 2011.
NVI.
Bíblia: Nova Versão
Internacional. São Paulo, SP: Vida, 2000.
JOSEFO,
Flávio. História dos Hebreus. 4ª
Rio de Janeiro, Rj: Cpad, 2000.
Subsidio maravilhoso, obg, q o Senhor continue vos abençoando.
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