O profeta Ageu.
Ageu [[Nascido Numa] Festividade].
Profeta hebreu, que estava em Judá e Jerusalém durante
a governança de Zorobabel, no reino do rei persa Dario Histaspes. — Ag 1:1;
2:1, 10, 20; Esd 5:1, 2.
A tradição judaica sustenta que Ageu era membro da
Grande Sinagoga. À base de Ageu 2:10-19, sugeriu-se que ele talvez tenha sido
sacerdote. Seu nome aparece junto com o do profeta Zacarias nos cabeçalhos do
Salmo 111 na Vulgata latina, do salmo 145 na Septuaginta grega, e salmos 146, 147 e 148 na Septuaginta. É
provável que Ageu tenha nascido em Babilônia e que se tenha juntado a Zorobabel
e ao restante judaico no retorno destes a Jerusalém, em 537 AEC. Mas pouco se
sabe realmente sobre Ageu, pois as Escrituras não revelam a ascendência, a
tribo, e assim por diante, do profeta.
Ageu tornou-se o primeiro profeta pós-exílico, e a ele
se juntou Zacarias cerca de dois meses depois. (Ag 1:1; Za 1:1) A interrupção
da construção do templo havia sido precipitada pela oposição inimiga, mas se
estendeu por alguns anos por causa da apatia dos judeus e do seu empenho
egoísta por interesses pessoais. Ageu avivou o zelo dos exilados judeus
repatriados para que reiniciassem a construção do templo. (Esd 3:10-13; 4:1-24;
Ag 1:4)
Quatro mensagens dadas por Deus, proferidas por Ageu
durante um período de cerca de quatro meses, no segundo ano de Dario Histaspes
(520 AEC), e registradas pelo profeta no livro bíblico de Ageu, foram
especialmente eficazes em inicialmente mover os judeus a reiniciar a obra de
construção do templo. (Ag 1:1; 2:1, 10, 20) Ageu e Zacarias continuaram a
instar com eles para que executassem tal obra até o templo ser concluído no
sexto ano de Dario, em 515 AEC. — Esd 5:1, 2; 6:14, 15.
As quatro mensagens do profeta Ageu
Priorizando Deus e Seu Reino
Ageu é um profeta do período pós-exílico (ano 520
a.C.) e exortou o povo de Jerusalém que retornara da Babilônia por decreto do
imperador Ciro (539 a.C.) a reconstruir o Templo do Senhor (saqueado pelos
babilônios setenta anos antes) e o calendário litúrgico–adoração, festas
religiosas e os sacrifícios. A primeira leva a sair da Babilônia e chegar a
Jerusalém foi chefiada por Sesbazar ( Esdras 1:5-11) e lançou a fundação do
novo templo. No entanto esse primeiro projeto não foi em frente devido a
dificuldades de sobrevivência do povo de Jerusalém cercada de estrangeiros
hostis , pela seca e péssima colheita. Uma segunda leva de judeus vindo da
Babilônia e sob a liderança de Zorobabel e Josué chegou e foram inspirados
pelos profetas Ageu e Zacarias a um segundo projeto de reconstrução do Templo.
O templo simbolizava a presença do Senhor no meio do seu povo, estimulando-o a
seguir os mandamentos, inspirar a verdadeira adoração ao Senhor fazendo
recordar a todos a aliança de Deus com Israel.
O problema no tempo de Ageu é que o povo naquela época
estava mais focado em reerguer suas próprias casas (seu conforto) do que o
próprio Templo (vida religiosa e de relação com Deus). Então, Deus envia quatro
mensagens através de Ageu:
PRIMEIRA
MENSAGEM – Ag 1:1-11
1 No primeiro dia do sexto mês do segundo ano do
reinado de Dario, a palavra do SENHOR veio por meio do profeta Ageu ao
governador de Judá, Zorobabel, filho de Sealtiel, e ao sumo sacerdote Josué,
filho de Jeozadaque, dizendo:2 “Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Este povo
afirma: ‘Ainda não chegou o tempo de reconstruir a casa do SENHOR’ ”.3 Por
isso, a palavra do SENHOR veio novamente por meio do profeta Ageu:4 “Acaso é
tempo de vocês morarem em casas de fino acabamento, enquanto a minha casa
continua destruída?”
Eram casas de fino acabamento, provavelmente de
madeiras caras talvez até as originalmente compradas para construção do templo,
conforme Esdras 3:7 :7. Isso tinha sido autorizado por Ciro, rei da Pérsia.
Esdras 3
E Deus faz admoestação ao povo através de Ageu: 5 Agora, assim diz o SENHOR dos Exércitos:
“Vejam aonde os seus caminhos os levaram. 6 Vocês têm plantado muito, e colhido
pouco. Vocês comem, mas não se fartam. Bebem, mas não se satisfazem. Vestem-se,
mas não se aquecem. Aquele que recebe salário, recebe-o para colocá-lo numa
bolsa furada”.7 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: “Vejam aonde os seus caminhos
os levaram! O Senhor indica o que o povo deveria fazer para voltar a usufruir
das bençãos de Deus:8 Subam o monte para trazer madeira. Construam o templo,
para que eu me alegre e nele seja glorificado”, diz o SENHOR.
A Repreensão.
9 “Vocês esperavam muito, mas, eis que veio pouco. E o
que vocês trouxeram para casa eu dissipei com um sopro. E por que o fiz?”,
pergunta o SENHOR dos Exércitos. “Por causa do meu templo, que ainda está
destruído, enquanto cada um de vocês se ocupa com a sua própria casa. 10 Por
isso, por causa de vocês, o céu reteve o orvalho e a terra deixou de dar o seu
fruto. 11 Nos campos e nos montes provoquei uma seca que atingiu o trigo, o
vinho, o azeite e tudo mais que a terra produz, e também os homens e o gado. O
trabalho das mãos de vocês foi prejudicado”.
A reação dos lideres e do povo - o sermão de Ageu
produziu impacto forte no povo que logo iniciou a reconstrução do Templo.
12 Zorobabel,
filho de Sealtiel, o sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, e todo o
restante do povo obedeceram à voz do SENHOR, o seu Deus, por causa das palavras
do profeta Ageu, a quem o SENHOR, o seu Deus, enviara. E o povo temeu o
SENHOR.13 Então Ageu, o mensageiro do SENHOR, trouxe esta mensagem do SENHOR
para o povo: “Eu estou com vocês”, declara o SENHOR. 14 Assim o SENHOR
encorajou o governador de Judá, Zorobabel, filho de Sealtiel, o sumo sacerdote
Josué, filho de Jeozadaque, e todo o restante do povo, e eles começaram a
trabalhar no templo do SENHOR dos Exércitos, o seu Deus,15 no vigésimo quarto
dia do sexto mês do segundo ano do reinado de Dario.
SEGUNDA MENSAGEM
–TER CORAGEM NO SENHOR E PROMESSA DE PAZ-Ag 2:1-9
No entanto, devido à escassez ou desperdício de
recursos, a reconstrução do Templo não o deixou com a mesma glória do original
como no tempo de Salomão.
1 No vigésimo primeiro dia do sétimo mês, veio a
palavra do SENHOR por meio do profeta Ageu: 2 “Pergunte o seguinte ao
governador de Judá, Zorobabel, filho de Sealtiel, ao sumo sacerdote Josué,
filho de Jeozadaque, e ao restante do povo: 3 Quem de vocês viu este templo em
seu primeiro esplendor? Comparado a ele, não é como nada o que vocês vêem
agora?
Mas Deus vem em socorro de Zorobabel e Josué para
animá-los e garantir que também encherá de gloria este segundo Templo como nos
dias de Salomão
4 “Coragem, Zorobabel”, declara o SENHOR. “Coragem,
sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque. Coragem! Ao trabalho, ó povo da
terra!”, declara o SENHOR. “Porque eu estou com vocês”, declara o SENHOR dos
Exércitos. 5 “Esta é a aliança que fiz com vocês quando vocês saíram do Egito:
Meu espírito está entre vocês. Não tenham medo”.6 Assim diz o SENHOR dos
Exércitos: “Dentro de pouco tempo farei tremer o céu, a terra, o mar e o
continente. 7 Farei tremer todas as nações, as quais trarão para cá os seus
tesouros,a e encherei este templo de glória”, diz o SENHOR dos Exércitos. 8
“Tanto a prata quanto o ouro me pertencem”, declara o SENHOR dos Exércitos. 9
“A glória deste novo templo será maior do que a do antigo”, diz o SENHOR dos
Exércitos. “E neste lugar estabelecerei a paz”, declara o SENHOR dos Exércitos.
TERCEIRA
MENSAGEM –APELO À SANTIDADE, CONSCIÊNCIA PURA – Ag 2:10-19
Deus conclama para que o povo tenha uma consciência
pura, que o povo se santifique antes de fazer a obra do Senhor no Templo. E faz
algumas perguntas:
A primeira pergunta de Deus
10 No vigésimo quarto dia do nono mês ( época em que
se esperavam as primeiras chuvas que regariam a nova safra), no segundo ano do
reinado de Dario, a palavra do SENHOR veio ao profeta Ageu:11 Assim diz o
SENHOR dos Exércitos: “Faça aos sacerdotes a seguinte pergunta sobre a Lei: 12
Se alguém levar carne consagrada na borda de suas vestes, e com elas tocar num
pão, ou em algo cozido, ou em vinho, ou em azeite ou em qualquer comida, isso
ficará consagrado?” Os sacerdotes responderam: “Não”.
Ou seja , a santificação não é transmitida às coisas
que a carne toca.
Em seguida Deus faz a segunda pergunta:
13 Em seguida perguntou Ageu: “Se alguém ficar impuro
por tocar num cadáver e depois tocar em alguma dessas coisas, ela ficará
impura?” “Sim”, responderam os sacerdotes, “ficará impura.”Ageu 2
Ou seja, algo contaminado que toque algo santificado
contamina o santificado.
14 Ageu transmitiu esta resposta do SENHOR: “É o que
acontece com este povo e com esta nação. Tudo o que fazem e tudo o que me
oferecem é impuro.15 “Agora prestem atenção; de hoje em diante reconsiderem. Em
que condições vocês viviam antes que se colocasse pedra sobre pedra no templo
do SENHOR? Ageu 2
Deus quer ensinar que a pureza não pode ser
transferida mas a contaminação, sim. E convida o povo à santificação fazendo
promessas de bênçãos.
16 Quando alguém chegava a um monte de trigo
procurando vinte medidas, havia apenas dez. Quando alguém ia ao depósito de
vinho para tirar cinqüenta medidas, só encontrava vinte. 17 Eu destruí todo o
trabalho das mãos de vocês, com mofo, ferrugem e granizo, mas vocês não se
voltaram para mim”, declara o SENHOR. 18 “A partir de hoje, vigésimo quarto dia
do nono mês, atentem para o dia em que os fundamentos do templo do SENHOR foram
lançados. Reconsiderem: 19 ainda há alguma semente no celeiro? Até hoje a
videira, a figueira, a romeira e a oliveira não têm dado fruto. Mas, de hoje em
diante, abençoarei vocês.”Ageu 2
QUARTA MENSAGEM–ZOROBABEL,
SERVO DAVÍDICO E ANEL DE SELAR – Ag 2:20-23
20 A palavra do SENHOR veio a Ageu pela segunda vez,
no vigésimo quarto dia do nono mês: 21 “Diga a Zorobabel, governador de Judá, que
eu farei tremer o céu e a terra. 22 Derrubarei tronos e destruirei o poder dos
reinos estrangeiros. Virarei os carros e os seus condutores; os cavalos e os
seus cavaleiros cairão, cada um pela espada do seu companheiro. 23 “Naquele
dia”, declara o SENHOR dos Exércitos, “eu o tomarei, meu servo Zorobabel, filho
de Sealtiel”, declara o SENHOR, “e farei de você um anel de selar, porque o
tenho escolhido”, declara o SENHOR dos Exércitos. Ageu 2
A designação de Zorobabel como “anel de selar” do
Senhor cancelava a maldição pronunciada por Jeremias sobre o rei Jeoaquim e
seus descendentes (Jeremias 22:24-30). A família davídica tendo sua autoridade
restaurada retomava a linhagem messiânica de Judá (Mateus1:11-12).
Deus assim confirmava Israel com povo eleito, reacendia
as expectativas messiânicas entre o povo e garantia as promessas da aliança.
Deus conclamava os judeus a terem confiança no futuro.
Boa meditação!
Pr Jorge Wilson
Igreja Batista do Morumbi
UM ALERTA AOS LIDERES –Ag 1:1-14
Ageu significa 'festivo'. Ele foi profeta para o
restante de Judá deportado para a sua terra após os 70 anos de cativeiro.
Ageu deixou registrado cinco mensagens de Deus ao povo
de Judá, e datou-as de acordo com o reinado gentílico dos medo-persa. Os
estudiosos apontam Dario I Hystaspis como sendo o monarca à época.
Ora, não é porque Ageu datou as suas profecias que
elas são consideradas as mais detalhadas. Observe que a função da profecia é
consolar, edificar e exortar "Mas o que profetiza fala aos homens, para
edificação, exortação e consolação" ( 1Co 14:3 ), e, geralmente refere-se
ao tempo presente dos ouvintes da mensagem.
A datação da profecia é possível, visto que ela visa
consolar, edificar e exortar os ouvintes. Diferente é a visão, ou o oráculo,
que refere-se a um tempo que não é pertinente aos homens saber, visto que o
amanhã não pertence ao homem "Não vos inquieteis, pois, pelo dia de
amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu
mal" ( Mt 6:34 ).
Jesus mesmo alertou acerca da coisas futuras:
"Não vos pertence saber os tempos ou as épocas que o Pai estabeleceu pelo
seu próprio poder" ( At 1:7 ).
No primeiro dia, do sexto mês, do segundo ano de
reinado do rei Dário (Dario I Hystaspis) profetizou Ageu ao governador de Judá
Zorobabel e ao sumo sacerdote Josué, segundo a palavra do Senhor (v. 1).
Zorobabel era governador em Judá, sendo filho de
Sealtiel. Já Josué era sumo sacerdote, filho de Jozadaque.
Por intermédio do profeta Ageu, Deus reproduz a fala
do povo: "Não veio ainda o tempo, o tempo em que a casa do Senhor deve ser
edificada" ( Ag 1:2 b). O povo estava desanimado quanto a reconstrução do
templo.
Deus questiona a fala do povo através dos seus
lideres: religioso e político. Respectivamente Judá e Zorobabel. Deus pergunta
por intermédios dos lideres do povo se era o tempo deles estarem morando em
casas prontas (apaineladas), enquanto o templo estava sem os cuidados
necessários para sua reconstrução.
Ora, eles voltaram do cativeiro e o foco era construir
as suas casas e terminá-las em todos os seus detalhes, mas não pensavam na
restauração do templo.
Deus faz o povo relembrar o passado, para considerarem
se não havia algo errado com eles. Eles semeavam muito e colhiam pouco. Comiam,
mas não era o bastante para se fartarem. Bebiam, mas não estavam saciados.
Apesar de estarem vestidos, não estavam aquecidos. Aqueles que recebiam salário
era como se não recebessem (v. 6).
Deus chama o povo para analisarem o que estava
ocorrendo com eles (v. 7).
Se eles percebessem que algo estava errado, que
agilizassem a construção do templo. Que subissem ao monte e trouxessem madeira
e construíssem o templo. Deus haveria de se agradar do templo e ser glorificado
(v. 8).
Enquanto o povo estivessem preocupados em construírem
a sua própria casa, esquecendo-se do templo, Deus haveria de mitigar o que
angariavam no dia-a-dia (v. 9).
Deus estava retendo o orvalho e os frutos da terra. A
seca sobre a terra, a falta de cereal, de vinho, de azeite, e de tudo o que a
terra produz era proveniente de Deus, uma vez que o povo não estava se
importando com a reconstrução do templo.
As palavras de Deus por intermédio de Ageu visava
restabelecer o culto em Judá. A profecia é conforme as leis do culto estipulada
em Deuteronômio 12. Eles deviam reconstruir o templo porque foi ali o lugar que
Deus escolheu para os filhos de Israel cultuarem a Deus ( Dt 12:10 -11).
Os cristãos não devem pautar a sua vida material e
financeira segundo o estipulado nas palavras desta profecia ao povo de Judá.
Porque? Por que a instabilidade na
colheita, na alimentação, na bebida, nas vestes e no salário era um sinal de
Deus ao povo de Israel conforme as palavras de Salomão quando da inauguração do
primeiro Templo.
Ao orar a Deus, Salomão profetizou acerca do pecado de
Israel e da sua dispersão entre os povos. Porém, quando orassem e suplicassem a
Deus no templo, haveriam de ser perdoados ( 1Rs 8:33- 34).
Quando os céus se cerrassem, eles se lembrariam da
palavras registradas por Salomão quando inaugurou o primeiro templo ( 1Rs 8:35
-36).
A fome e todas as pragas seriam afastadas quando o
povo orasse ao Senhor estendendo as suas mãos em direção ao templo ( 1Rs 8:37
-40).
Se o povo considerasse o passado, veriam que em nada
tinham mudado. Continuavam do mesmo modo quando foram levados cativos. Ninguém
havia considerado e verificado por que haviam sido dispersos. Todo mal
sobreveio porque o povo havia pecado contra o Senhor. Agora que retornaram do
cativeiro, continuavam centrados nos afazeres domésticos e não se lembravam do
Ora, os cristãos não estão debaixo desta palavra, pois
são templo e habitação do Deus vivo. Como foram recebidos por filhos, a
correção do Senhor é diferente, conforme escreveu o escritor aos Hebreus ( Hb
12:5 -13).
UM ALERTA AOS
LIDERES E AO POVO
Diante da mensagem de Deus, Zorobabel e Josué,
juntamente com o povo, atenderam a voz de Deus e se puseram a construir o
templo.
Durante a construção do templo Deus confortou o povo
dizendo: "Eu sou convosco, diz o Senhor" (v. 13b).
O povo atendeu a voz do Senhor, e após 24 dias da
mensagem levada a Zorobabel e a Josué, a reconstrução do templo teve inicio (v.
15).
Observe que o povo e os lideres foram animados através
da palavra do Senhor. Quando lemos no Novo Testamento o apóstolo Paulo dizendo:
"No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu
poder" ( Ef 6:10 ), ele está recomendando que o cristão tome força na
palavra de Deus, pois ela é o poder de Deus, para salvação e para fortalecer.
Através da profecia entregue por Ageu, o povo de Judá
foi edificado, exortado e consolado. Ag 2:1 -9
A Glória do Segundo Templo
O Senhor convoca os velhos que anunciem diante do povo
a diferença gritante entre o primeiro templo que foi destruído e o novo templo
que estava sendo erguido.
Ora, somente os velhos viram a glória do Templo de
Salomão e poderiam estabelecer uma relação com o templo que estava sendo
erguido.
A pergunta é clara: "Quem há entre vós que, tendo
edificado, viu esta casa na sua primeira glória?". Como o cativeiro na
terra dos caldeus durou 70 anos, ainda havia entre o povo quem viu o Templo de
Salomão em sua magnificência arquitetônica.
Os velhos ao verem a casa do Senhor sendo construída,
era como algo insignificante.
Deus esperava dos velhos que anunciassem aos jovem
quão diferente eram os templos, pois este diferencial era essencial a mensagem
que seria anunciada (v. 3).
Diante da aparente insignificância do novo templo, o
governador de Judá tinha que ser forte. Josué tenha que ser forte. O povo tinha
que ser forte, ou seja, confiar que o Senhor dos Exércitos estava com quem
trabalhava na construção do novo templo.
Por que o povo devia aplicar-se ao trabalho no templo?
Deus responde: "Porque eu sou convosco, diz o Senhor dos Exércitos,
segundo a palavra da aliança que fiz convosco, quando saíste do Egito" (
Ag 2:4 -5). Ou seja, a aliança do Senhor não havia sido invalidada por causa da
rebeldia de Israel. Eles podiam trabalhar fiados que Deus estava com eles,
apesar da aparente insignificância do templo que estava sendo erguido.
Deus é categórico ao dizer: "O meu Espírito
habita no meio de vós" (v. 5b). Por que Deus habita no meio do povo de
Israel, e não no interior dos homens, como é o caso da Igreja? Porque para Deus
habitar no homem é preciso circuncidarem os seus corações.
A circuncisão do coração só é possível através da fé
em Deus, a mesma fé que teve o crente Abraão. Quem crê em Deus receberá a
circuncisão que dá vida "O Senhor teu Deus circuncidará o teu coração, e o
coração dos teus descendentes, a fim de que ames o Senhor teu Deus de todo o
teu coração e de toda a alma, para que vivas" ( Dt 30:6 ).
Após a circuncisão do coração, obra exclusiva de Deus,
é feito morada no interior do homem, pois Ele mesmo diz: "Porque assim diz
o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e
santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para
vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos
contritos" ( Is 57:15 ).
O coração circuncidado é equivalente ao coração
contrito. Somente quando Deus lança fora o coração enganoso e incorrigível ( Jr
17:9 ), é que ele torna-se contrito, e o habitar de Deus lhe concede vida, a
vida que há em Deus "Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim
um espírito reto. Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o
teu Espírito Santo" ( Sl 51:10 -11).
Naqueles que crêem Deus faz morada em seus corações,
mas no povo que foi escolhido, Deus habita no meio dele, ou seja, Deus não
habita no interior dos homens (indivíduos), e sim, no meio do povo (coletivo).
Por causa da aliança que Deus fez com o povo de
Israel, quando eles foram tirados do Egito, é que o Espírito de Deus permanecia
com o povo (v. 5). Esta promessa foi feita a Moisés, como se lê: "Se a tua
presença não for conosco, não nos faças subir deste lugar (...) Então disse o
Senhor a Moisés: Farei também isso que disseste..." ( Ex 33:15 -17).
Deus promete ao povo e aos seus lideres que uma vez
mais haveria de fazer tremer os céus e a terra, o mar e a terra. O tempo
estipulado para ocorrer o evento prometido é incerto, mas Deus demonstra que
será em breve. Com relação ao tempo, observe o diferencial entre esta promessa
e o comentário ao verso 1, do capítulo 1, acerca das datas que Ageu colocou em
cada profecia.
Embora alguns tradutores contestem a tradução de
Almeida, por escrever: 'virá o desejado de todas as nações', ela é preferível a
idéia que outros tradutores apresentam: 'as coisas preciosas de todas as
nações'.
É certo que no milênio as nações trarão das suas
riquezas a Jerusalém "Então o verás, e serás iluminado, e o teu coração
estremecerá e se alargará; porque a abundância do mar se tornará a ti, e as
riquezas dos gentios virão a ti" ( Is 60:5 ), porém, a riqueza do qual o
profeta faz referência e que as nações desejam, não diz de bens materiais.
Deus haveria de fazer tremer todas as nações e o
desejo de todas elas haveria de vir. Aquele que veio e encheu de glória o
templo que estava sendo construído pelo povo sob a supervisão de Zorobabel foi
Cristo, o Messias. Ora, Cristo é o prometido a Israel, e o desejado de todas as
nações.
Ora, todas as nações desejam ter um rei e um sacerdote
como o Messias de Israel. O que as nações desejam foi concedido ao povo de
Israel. Ele veio para os que eram seus, mas eles não o receberam.
As coisas preciosas (riquezas) das nações também serão
levadas para um templo em Israel, porém, tal profecia não refere-se ao templo
que foi construído pelo povo que retornou do cativeiro, pois ele foi destruído
por Tito, General Romano, no ano 70 d. C.
Deus promete ao povo que haveria de encher a casa da
sua glória. O primeiro Templo encheu-se de uma nuvem escura, e os sacerdotes
não podiam ficar em pé, por causa da nuvem, pois a glória de Deus encheu a casa
( 2Cr 5:14 e 2Cr 6:1). Eles não puderam contemplar a glória do Senhor, pois nem
mesmo a nuvem escura suportaram.
Porém, segundo relatou o apóstolo João, eles viram a
glória do Senhor. Deus se fez carne e habitou (residiu) entre os homens. E
muitos à época puderam contemplar a glória de Deus, a glória como do Unigênito
do Pai, cheio de graça e de verdade ( Jo 1:14 ).
Deus enfatiza ao povo de Israel, que à época estava
empobrecido, que Ele é o dono da prata e o dono do ouro. Por que Deus enfatiza
que é dono das riquezas que há no mundo? Porque os velhos iriam relatar a
grandeza e a riqueza despendida na construção do primeiro templo por Salomão.
Muitos dentre o povo iriam questionar: Se Deus é o
dono do ouro e da prata, por que a dificuldade na construção do templo? Por que
o templo era menor e inferior ao templo construído por Salomão, se este teria
maior glória? Como seria isto possível?
Deus afirma ser o dono do ouro e da prata e aponta uma
glória maior para o templo que estava sendo construído, se comparado com a
glória do templo de Salomão.
A glória seria proveniente do ouro e da prata a ser
empregada na construção? Não! Embora Deus é o dona do ouro e da prata, a glória
seria maior porque Deus haveria da a paz tão almejada ao longo dos séculos.
A glória maior do segundo templo seria proveniente da
paz que Deus estabeleceria entre Ele e os homens. Como Cristo, que é a paz de
Deus concedida aos homens ( Ef 2:14 ), haveria de adentrar o templo que estava
sendo construído, a glória do templo superou em muito a glória do primeiro
templo.
Enquanto no templo construído por Salomão os
sacerdotes não conseguiram ver a glória de Deus (não agüentaram ver uma nuvem
escura), no novo templo, todos os homens viram a glória de Deus manifesta aos
homens, como o Unigênito de Deus.
Enquanto no primeiro templo era necessário a figura do
sacerdote para o homem ter acesso a Deus, no segundo templo, todos que
quisessem tiveram acesso a Cristo. Ele mesmo disse ao povo: "Vinde a mim,
todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" ( Mt 11:28
).
Quem eram os cansado que foram convidados a ir a
Cristo? Todos os pecadores, sem exceção! Observe que não há uma instituição e
nem sacerdotes para fazer mediação entre Cristo e os pecadores. Ele mesmo
disse: "Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não
sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao
arrependimento" ( Mt 9:13 ).
Por que o povo devia aplicar-se ao trabalho no templo?
Deus responde: "Porque eu sou convosco, diz o Senhor dos Exércitos,
segundo a palavra da aliança que fiz convosco, quando saíste do Egito" (
Ag 2:4 -5). Ou seja, a aliança do Senhor não havia sido invalidada por causa da
rebeldia de Israel. Eles podiam trabalhar fiados que Deus estava com eles,
apesar da aparente insignificância do templo que estava sendo erguido.
Ag 2:10-23
Deus manda o profeta ao povo avisar-lhes de que
deveriam ir aos sacerdotes perguntar acerca de um ponto específico da lei (v.
11). A pergunta que deveriam fazer aos sacerdotes era: "Se alguém leva
carne santa na orla das suas vestes, e com ela tocar no pão, ou no guisado, ou
no vinho, ou no azeite, ou em outro qualquer mantimento, porventura ficará isto
santificado? (v. 12).
Eles foram ao sacerdote e a resposta foi: não! Caso
alguém deixasse algo santo (separado) tocar em qualquer outro tipo de alimento,
de maneira alguma haveria de ser santo "E os sacerdotes responderam:
Não" (v. 12).
Do mesmo modo, se alguém tocasse um corpo morto, todas
as coisas que tocassem ficaria imunda também. Ora, os sacerdotes estavam
ouvindo as perguntas do profeta Ageu, e ele responderam dizendo: "Ficará
imunda" (v. 13).
Com base nestas duas perguntas, que os sacerdotes
conhecedores da lei auxiliaram na resposta, Ageu estabeleceu um comparativo
segundo a palavra de Deus: "Assim é este povo, e assim é esta nação diante
de mim, diz o SENHOR; e assim é toda a obra das suas mãos; e tudo o que ali
oferecem imundo é" (v. 14).
Deus demonstra que, assim como alguém torna-se imundo
por tocar nalgum corpo morto, e tudo quanto tocar, igualmente tornar-se-á
imundo, assim era o povo de Israel. Como povo e como nação, apesar de terem
sido escolhidos pelo Senhor dentre todas as nações, eles eram imundos, e tudo
quanto tocavam, todas as obras que realizavam, eram imundas, e tudo que
ofereciam, era
Ora, não é porque Deus escolheu o povo de Israel como
seu povo especial dentre todos os povos da terra, que eles foram santificados,
ou seja, mesmo após serem escolhidos, muitos deles permaneceram imundos.
Por Deus ter escolhido o povo de Israel dentre todos
os povos, o povo (nação) tornou-se santo (separada) dos outros povos. Porém,
individualmente, cada membro do povo de Israel em particular tinham uma
condição diferenciada diante de Deus.
Aqueles que continuaram obstinados de coração,
insensíveis à palavra de Deus, permaneciam imundos diante de Deus, embora
fizessem parte do povo de Israel, que foi santificado pela escolha de Deus
"Sabe, pois, que não é por causa da tua justiça que o SENHOR teu Deus te
dá esta boa terra para possuí-la, pois tu és povo obstinado" ( Dt 9:6 ).
Porém, aqueles que ouviram a palavra de Deus e creram,
foram agraciados com um novo coração (puro), uma vez que foram circuncidados
por Deus ( Sl 51:10 ; Dt 30:6 ). A circuncisão de Deus (circuncisão do coração)
leva a morte da velha natureza herdada em Adão, diferente da circuncisão feita
no prepúcio da carne que é feita por mão humanas, pois não livra o homem da
condenação do pecado de Adão.
Caso a circuncisão na carne livrasse o homem do
pecado, as mulheres, por sua vez, não haveriam de livrar-se da condição do
pecado, visto que elas não são passíveis da circuncisão na carne.
Como a graça de Deus contempla todos os homens, sem
distinção de sexo, nação, povo e condição social, verifica-se que todo aquele
que crer (invocar o Senhor) será salvo.
Ora, se a carne santa não santifica os alimentos que
são tocados por ela "Se alguém leva carne santa na orla das suas vestes, e
com ela tocar no pão, ou no guisado, ou no vinho, ou no azeite, ou em outro
qualquer mantimento, porventura ficará isto santificado? E os sacerdotes"
(v. 12), e, se tudo que é tocado pelo imundo torna-se imundo (v. 13), o
resultado é o protesto divino por intermédio do profeta Ageu: "Assim é
este povo, e assim é esta nação diante de mim, diz o SENHOR; e assim é toda a
obra das suas mãos; e tudo o que ali oferecem imundo é" (v. 14).
O maior interesse dos homens para com Deus é ofertar e
sacrificar. Porém, tudo que o imundo oferece também torna-se imundo. Todas as
obras do imundo também é imunda. Toda a nação, todo o povo de Israel era
imundo, e nada do que procuravam oferecer era aceitável diante de Deus.
Perceba que ofertar não torna ninguém agradável a
Deus, antes é preciso ao ofertante torna-se agradável, que Ele aceitará a
oferta. Por exemplo: Deus aceitou a oferta de Abel porque ele foi aceito por
Deus, ou seja, Deus atentou para Abel, e depois, para a oferta "Atentou o
Senhor Deus para Abel e para a sua oferta" ( Gn 4:4 ).
A oferta de Caim foi rejeitada porque ele foi confiado
na oferta, e não que Deus é galardoador dos que o buscam. Caso Caim tivesse confiado
em Deus e não se estribado na oferta, Deus haveria de aceitá-lo, e
conseqüentemente para a sua oferta "...mas para Caim e para a sua oferta
não atentou" ( Gn 4:5 ).
Por que Deus deu tal aviso solene ao povo? Porque
construir o templo não tornaria o povo santo perante Deus. O povo deviam
lembrar que, quando Moisés pediu aos seus pais bens e materiais (oferta
voluntária) para construir o tabernáculo e o santuário, o povo contribuiu muito
além do que era necessário para a construção do santuário, sendo que o povo foi
impedido de trazer mais bens ( Ex 25:1 -9 e Ex 36:5 -6).
Porém, eles continuaram sendo imundos e obstinados
diante d e Deus. Ou seja, não é porque eles se puseram a construir o templo que
houve uma mudança em seus corações. Não era porque estavam trabalhando no
templo que cada integrante do povo era santo. Por que? Mesmo o templo sendo
santo ao Senhor, como era o caso da carne carregada nas vestes (v. 12), o
templo não tinha poder de santificar aqueles que estavam edificando o templo.
Ora, o templo era santo ao Senhor, ou seja, separado
para o Senhor porque ele agradou estabelecer ali o seu nome ( 2Cr 7:12 e 16).
Porém, o templo e nem o altar podia mudar-lhes a condição de imundo, a não ser
o próprio Deus, concedendo-lhes um novo coração e um novo espírito por meio da
fé.
Mesmo o povo não sendo santo, agora que eles haviam
lançado o fundamento do templo (v. 15), podiam considerar e comparar o que
aconteceria com as suas vidas terrenas. Antes de construírem o templo, a
instabilidade nos alimentos era visível, pois iam até um monte de grão de vinte
medidas, porém, era como se estivesse só dez medidas. Procuravam tirar uma
medida de cinqüenta no lagar, e obtinham efetivamente vinte (v. 16).
Antes de lançarem os fundamentos do templo, ele foram
feridos pelo Senhor conforme as palavras de Salomão, que edificou o primeiro
templo. Compare o verso 17 "Feri-vos com queimadura, e com ferrugem, e com
saraiva, em toda a obra das vossas mãos, e não houve entre vós quem voltasse
para mim, diz o SENHOR", com o que disse Salomão em 2Cr 6:28 -31.
Mas, agora, por terem lançado os fundamento do templo,
Deus estava lhes retribuindo, dando lhes estabilidade e retirando as pragas de
sobre as suas obras "Considerai, pois, vos rogo, desde este dia em diante;
desde o vigésimo quarto dia do mês nono, desde o dia em que se fundou o templo
do SENHOR, considerai essas coisas" (v. 18).
Deus estabeleceu uma data, e, a partir dela, o povo
podia ver a diferença em suas vidas terrenas. Após o vigésimo dia, do nono mês,
do segundo ano do reinado de Dario, dia em que foi lançada a pedra fundamental
do templo, ou quando se inaugurou.
Deus pergunta ao povo por intermédio de Ageu:
"Porventura há ainda semente no celeiro? Além disso a videira, a figueira,
a romeira, a oliveira, não têm dado os seus frutos; mas desde este dia vos
abençoarei" (v. 19).
A pergunta divina demonstra que o povo estava passando
necessidades. O que a terra produzia não dava para o povo armazenar. Eles não
tinham sementes o bastante que pudessem armazenar nos celeiros.
Eles deviam considerar que a falta não era somente de
sementes, antes faltava os frutos da videira, da figueira, da romeira e da
oliveira. Deus ordenou ao povo que considerassem, ou seja, que analisassem os
eventos, comparando a produtividade da terra antes e depois de lançarem os
fundamentos do templo.
Antes de lançarem o fundamento do templo havia
instabilidade de alimentos, após iniciarem a construção do templo, deu-se
inicio o tempo estipulado em que Deus os abençoaria (v. 19).
No mesmo dia, ao vigésimo quarto dia do mesmo mês,
Deus falou por intermédio de Ageu ao rei de Judá, Zorobabel. Foi lhe dito:
"Farei tremer os céus e a terra" ( Ag 3:21 ).
À época de Zorobabel, rei de Judá, as nações
gentílicas eram muito maiores em poder e força. Israel era somente um povo sob
o jugo de outras nações. Zorobabel governava Israel por concessão dos medos.
Zorobabel foi um dos descendentes na carne de Jesus, e
ao profetizar a um representante legal e legítimo da linhagem de Davi, Deus deu
a entender a relação que havia entre o Messias e Zorobabel ( Ag 2:23 ).
A mensagem de Deus a Zorobabel tinha o objetivo de
incentivá-lo na condição de líder do povo. Novamente Deus promete fazer tremer
os céus e a terra conforme foi predito no capítulo 2, versos 6 à 9.
Há um dia específico para Deus fazer tremer os céus e
a terra, e este dia não compete aos homens saber, pois Deus o estabeleceu pelo
seu próprio poder ( At 1:7 ). A data quando o profeta anunciou a palavra de
Deus é de conhecimento, pois o profeta deixou registrado (v. 20). Agora, quando
se daria os eventos anunciados pelos profetas, eles mesmos inquiriam e
indagavam acerca dos tempos e da salvação ( 1Pe 1:10 -11).
Quando Deus fará a terra e os céus tremer? O tempo
estabelecido por Deus é: "Ainda uma vez, dentro em pouco", ou seja,
segundo o tempo que Deus estabeleceu ( Ag 2:6 ).
Como o céu e a terra será abalado? Através de tremores
de terra (terremotos)? Mudanças climáticas acentuadas?
Ora, Deus disse a Zorobabel por intermédio de Ageu
que, abalar céus e terra é o mesmo que transtornar o 'trono' dos reis e a
destruição da força que sustentem o poder dos reinos "Farei abalar o céu e
a terra; derrubarei o trono dos reinos e destruirei a força dos reinos das
nações..." ( Ag 2:21 -22).
Como é possível destruir a força das nações?
Derribando os homens dos seus cavalos de modo sobrenatural: cada homem cairá
pela espada do outro "Naquele dia também haverá da parte do Senhor grande
confusão entre eles; cada um agarrará mão do seu próximo, cada um levantará a
sua mão contra o seu próximo" ( Zc 14:13 ).
Ageu demonstra que Deus haverá de abater as nações de
modo espantoso e maravilhoso. O tempo em que as nações serão subvertidas não
compete aos homens saber, mas Deus demonstra através de varias profecias que
Deus haverá de entregar o poder dos reinos ao seu Cristo, conforme diz o Salmo
segundo.
Observe que Ageu aponta dois momentos distintos da
vida de Cristo. Ele aponta Cristo, o desejado de todas as nações adentrando no
templo, o que tornou o templo que estava sendo desprezado superior em glória ao
primeiro templo (Templo de Salomão). Ageu também demonstra uma fase na vida do
Cristo que é sem par na história da humanidade, e refere-se a um futuro certo,
porém, indeterminado no tempo.
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