Mais uma vez Dia do Senhor, mais profecias
acerca desse grande dia, mas antes disso, é importante que conheçamos quem era
Sofonias. Ele estava no grupo “seleto” dos nobres, era trineto de Ezequias e
com certeza era da família do rei Josias, já que Josias era também descendente
de Ezequias. Para rememorar o reinado de Ezequias basta ler 2 Rs 18 – 20. Os
feitos deste rei se encontram na História
dos Reis de Judah.
Sofonias era descendente de “sangue azul”,
nobre por natureza, sua família pertencia a antiga corte do rei Ezequias, o
mesmo rei que assumiu o trono aos vinte e cinco anos, seguiu os preceitos de
Deus e destruiu os lugares pagãos de idolatria, quebrou as colunas de Baal e
derrubou os postes de Azerá, inclusive quebrando até a serpente de bronze feita
por Moisés, pois estava sendo adorada através de ritos de incenso.
Após Ezequias, o seu filho Manassés, desfaz e
desconstrói tudo o que o pai tivera feito, se torna o pior rei da história de
Israel e foi muito mal afamado, era o paradoxo de seu pai, exterminou muitos
inocentes ao ponto de a história dos reis relatar que a cidade de Jerusalém ficou
banhada de sangue, não diferente, a mesma violência foi praticada por Amon, seu
filho, mas isso não durou muito, pois os próprios oficiais do rei o mataram e
puseram Josias como rei aos 8 anos de idade, uma criança, mas viveu como Davi,
agradava ao SENHOR e fez uma restauração ao culto e a religião judaica, refez a
aliança com a lei e com Deus e mandou retirar todos os ídolos pagãos inclusive
Baal (621 a.C.), mas como a predição e a profecia de todos os profetas em menos
de meio século o povo retornaria a fazer o que era mal e seriam deportados pela
babilônia em 586 a.C. quando Zedequias era rei de Judah.
Sofonias no hebraico significa “Yaweh
escondeu”, “tesouro”, ou, como outros pensam “Yaweh protege” (R.N. CHAMPLIM),
ele é o único profeta/escritor que tem a genealogia de quatro gerações, foi
contemporâneo de Jeremias, juntamente com quem fez discursos veementes contra a
idolatria que retornara no meio do povo. Os próprios profetas de Judah era
mercenários, inescrupulosos e obscenos, os conselheiros de Jerusalém eram
enganadores, “vendiam bênçãos”, os sacerdotes eram idólatras, os juízes corruptos
e gananciosos e os outros líderes religiosos eram sincretistas. Nesse mesmo
patamar estavam as regiões gentias, estavam fadadas ao fracasso e a vingança de
Yaweh, este tempo estava próximo e ao mesmo tempo distante. Próximo porque em
pouco tempo Judah seria arrasada e junto a ela, pouco tempo depois, seria a vez
da Babilônia. Distante porque o expurgo de Deus seria para todas as nações
encobertas pelo pecado, pressagiando o Dia do Senhor, o julgamento das nações e
a restauração plena de toda a humanidade, antecipando o reinado messiânico do
nosso Senhor.
A provável data do ministério de Sofonias é a
partir de 640 a.C. ou um pouco depois, muitos críticos que não creem em
profecias antecipatórias dizem que o livro foi escrito após o exílio, mas não
possuem base histórica nem tampouco material para provar isto, o texto é bem
claro quanto a data do ministério do profeta “No tempo que Josias governava
Judah”, chega a ser ridícula a situação destes críticos que não creem no poder
de Deus.
O livro de Sofonias está dividido em partes
poéticas bem direcionadas. No primeiro capítulo após a introdução biográfica
ele começa a citar os oráculos divinos sobre a humanidade, a destruição da
Terra, dos animais, Deus não destruiria mais o mundo com água como no dilúvio,
mas com fogo. É difícil distinguir, mas o profeta dar alguns saltos falando da
condenação de Jerusalém (Judah) por causa da idolatria a Baal e outros deuses.
Depois fala da condenação das outras nações, dos filisteus, dos ninivitas, moabitas,
amonitas, etíopes e etc. Relaciona o Dia do Senhor, parecendo em alguns
momentos ser a invasão dos babilônicos em Jerusalém, em outros momentos ser o
juízo final e o reinado do Messias.
No capítulo terceiro há uma indicação melhor
para o Grande Dia do Senhor, mais parecido com o reinado perfeito do “descendente”
de Davi, salvando o povo e tornando todas as nações purificadas, todos servindo
ao Altíssimo. Amém!
A Paz do Senhor Professor,
ResponderExcluirComplementando a lição de Sofonias, (Sf 1.7,14,15,18)o Dia do Senhor já faz a expressão alusão ao período da tribulação