sábado, 17 de novembro de 2012

Lição 7 - Miqueias - A Importância da Obediência, 18 de novembro de 2012, Subsídio: Professor Érick Freire


Quem foi Miqueias?
Miqueias era um caboclo, seu nome significa, “Quem é como Yahweh?”, era um interiorano que pregou durante o período de 750 a 700 a.C. e era oriundo de Moresete-Gate, uma pequena cidade do interior com nenhuma importância política e econômica, como também ficava próximo a Gate da Filístia.
A natureza da profecia deste mensageiro de Deus é diretamente ligada a defesa dos desvalidos, dos camponeses e dos pobres que eram frequentemente oprimidos pelos ricos que se achavam no direito de tomar as terras dos campesinos e oprimir os pobres combalidos pela crise desnorteante instaurada após o crescimento do poderia assírio, consequentemente explorando tanto do reino do norte (Ysrael), como o reio do sul (Yudah).

Nessa perspectiva, vemos que Miqueias espalhou aos reinos de Yudah e Ysrael os erros de suas maldades, retirava então o pano que “encobria” toda a sorte de pecado, opressão, corrupção e prostituição cultual, corroborando com seus contemporâneos Oseias, Amós e Isaías, chegando até o ser motivo de debate, a sua similaridade de texto com Isaías: “Quem citou quem?” Com estes texto análogos (Compare Mq 4:1 e Is 2:2).
A atualidade de Miqueias é de nos assustar, pois ao ler o seu livro, gritantemente vemos uma denúncia atualíssima, um retrato social de nossos dias, uma reprodução fidedigna dos desmandos políticos de nosso país, acontecimentos análogos a religiosidade ritualística de nossos dias. O profeta vai contra as conveniências de seu tempo, a tal ética que nada mais é que a reprodução da mentira e falsidade, o 171 ritualístico. Miqueias fala em contramão a outros milhares de profetas, enquanto os profetas da maioria dizia “Deus está conosco, jamais seremos destruídos!” Miqueias afirmava “o Senhor Soberano, do seu santo templo, testemunha contra vocês”. (Miquéias 1:2), enquanto alguns se vendiam para falar palavras abençoadoras, ou seja, eram caixinhas de promessa ambulantes, Miqueias pregava a ira Divina, a vingança contra o pecado e a maldade contra os pobres e desvalidos. Ela ia a contragosto dos ricos e poderosos, não devia a nenhum, pregava e falava os oráculos de Deus, longe dele estava o lisonjeio, o acaricio e o bajular. Enquanto muitos sacerdotes e profetas se corrompiam, bajulavam seu “patrãozinho”, Miqueias falava da condenação e destruição de Samaria, do destroçar e saquear dos assírios, alimentando e confirmando as palavras de Amós. Ao mesmo tempo sai conclamando contra as atitudes opressoras, sem nenhum medo ele verbera os oráculos de condenação a líderes políticos e religiosos, toca o trombone, rufa os tambores, denunciando os deslavados juízes inescrupulosos que vendiam as suas sentenças, fazendo o certo parecer errado e o errado identicamente certo, manipulavam a lei. Os políticos com a corja abastada da sociedade tomam as terras dos pobres, maquinam o mal a noite e concluem durante o dia (Mq 2:1) e se entorpecem com a ideia que Deus sempre os protegerá porque seus “profetas” falam que está tudo bem e que Yaweh os protegerá (Mq 3:11), se entupiam e se apropriavam de bens alheios, adquiridos de formar irregular, formavam uma caterva cúmplice em planos acintosos.
Os sacerdotes se vendiam e paganizavam o culto a Deus, em Jerusalém (Yudah) as portas do templo foram fechadas para Deus, em Samaria (Ysrael) um templo teria sido edificado para o povo não ir mais a cidade da adoração, e agora, neste templo, o culto era a um bezerro de ouro, ritos pagãos invadiram o culto judaico que, agora, desvirtua o culto a Yahweh, o verdadeiro Deus e criador de todas as coisas.
Os ditos profetas passaram a inferiorizar seu ministério, desceram a categoria de agoureiros, prognosticadores, adivinhos (Mq 3.5). Estes eram pagos para verberarem bênçãos e bons agouros, mas aqueles que eram pobres e não podiam pagar sofriam sanções de condenação e maldição, os profetas, eram verdadeiros mercenários.
A roubalheira não tange só os pensamentos dos políticos e da corte da época que comem a carne do povo, tiram suas peles e chupam seus tutanos (Mq 3.1-3), ela também envergonhava a religião, casos horrendos de desvios de dinheiro do povo acontecia, os dízimos que eram para os pobres, viúvas e órfãos eram ufanados, hoje não é diferente, a Igreja é envergonhada, mesmo esta não tendo nenhuma relação com as instituições eclesiásticas corrompidas, ela sofre por causa do escândalo, pois estes, como os de outrora, usam o nome de Deus para seus motivos torpes. O desvio de dinheiro das ofertas dos fieis produziu nos últimos anos vários escândalos, como o caso da reportagem que fala que uma igreja dessas investe numa rede de televisão que só prega pornografia e imoralidade mais de 300 milhões de reais anuais. No RN recentemente, a maior instituição eclesiástica do estado foi envolvida em um escândalo de quase meio milhão de reais, ainda tem gente que diz que devemos ficar calados, que não podemos tocar no ungido do Senhor, e quem disse que estes são ungidos do Senhor? Isso é uma grande mentira, querem voltar aos rituais levíticos que Hebreus 7 já aboliu há muito. Devemos lutar contra essa opressão, não com armas, mas com a Palavra, Deus está do lado daqueles que tem sede de justiça e os fartará naquele dia!
A injustiça social não pode continuar sendo alimentada por nós. Devemos saber por que estes falsos líderes, falsos profetas estão na dinheirama. Utilizam-se de tudo para coagir o povo a pagar: meia ungida, toalha ungida, todo o tipo de indulgência, é estarrecedor.
Outra, a secularização das igrejas é cada vez mais acentuada, concordo quando o pastor Hernandes Dias Lopes diz que “o sincretismo religioso invade o arraial evangélico brasileiro. Pregadores inescrupulosos mudam a mensagem do evangelho, para atrair os incautos e auferir gordos lucros. A religião está se transformando em negócio rendoso. Esses aventureiros da fé introduzem no culto rituais e práticas estranhas à Palavra de Deus, mantendo o povo desprovido de conhecimento, no cabresto do misticismo” (2011, p. 12)
Não diferente dos dias de hoje, a moralidade, naquele tempo, estava no fundo do poço, o que se valorizava era o crime, o tirar vantagem, oprimir o pobre e desvalido. Tomando suas terras e deixando-os sem nada, a crise estava instalada porque o governo cobrava um imposto dobrado, metade indo para o governo assírio e a outra ao governo de Yudah para ter suas regalias e folgas.
O reino de Ysrael teve sua sentença decretada e nada podia ser feito, vários profetas o tinham avisado e nada de arrependimento foi expresso pelo seu povo, como fora dito, sua capital, Samaria, era idólatra desde 931 a.C. ano da cisão até 722 a.C. na sua queda, neste período houveram oito dinastias e cerca de 19 reis, mas nenhum deles andou de acordo com os preceitos de Yaweh, provocando sua ira, cólera e resolução justa, a altivez e a autossuficiência do povo foi suficiente para produzir sua própria destruição. Concordo quando o pastor Hernandes Dias Lopes diz “A idolatria, a imoralidade e a injustiça social foram uma tríade pecaminosa que atraiu a justa ira de Deus”. (2011, p.39) Nesse mesmo pensamento Russell Norman Champlim diz “Foi em razão dos pecados de seu povo que Deus estava enviando os assírios como látego castigador”. (2010, p.294) corroborando na explicação do verso de Miqueias 3:8.
Em suma, Miqueias foi contemporâneo de Amós, Oseias e Isaías, e em geral faz um sumário destes três, pois Amós declarou a justiça Divina, Oseias a misericórdia e Isaías evoca a comunhão com Yaweh. Miqueias, não obstante, verberava sobre estes três temas que deveriam ser praticados.
Enfim, Miqueias termina seu texto profético declarando sua total confiança em Deus, apesar dos pecados de seu povo, ele confiava na misericórdia e graça Divinas que restauraria a nação e pergunta em seu capítulo 7 e verso 18 “Quem, ó Yaweh, é semelhante a ti?” Fazendo um paralelo a seu próprio nome “Quem é como Yaweh?”.

8 comentários:

  1. Muito obrigada, meu bom pastor e comentarista desta lição.Obrigada por enviar-me esses preciosos comentários para o meu blog. Sou uma professora privilegiada por Deus por usar vc nesse ministério e me abençoar também.Louvo a Deus por você.

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  2. Muito obrigada, meu bom pastor e comentarista desta lição.Obrigada por enviar esses preciosos comentários para o meu blog. Sou uma professora privilegiada por Deus por usar vc nesse ministério e me abençoar também.Louvo a Deus por você.

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  3. Amém querida, mas não sou pastor! rsrs, estou a disposição sempre para ajudar!

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  4. ola abençoado, commentario como esse nos enriqueçe muito obrigado Deus continui lhe abençoando

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  5. Amém Ivan, fique à vontade para usar todos os textos e dar sua opinião!

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  6. OTIMO POIS MUITO.ME AGRADA AO VER PESSOAS COMPROMETIDAS COM A PALAVRA DE DEUS.

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  7. OTIMO POIS MUITO.ME AGRADA AO VER PESSOAS COMPROMETIDAS COM A PALAVRA DE DEUS.

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  8. OTIMO POIS MUITO.ME AGRADA AO VER PESSOAS COMPROMETIDAS COM A PALAVRA DE DEUS.

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