terça-feira, 14 de agosto de 2012

Lição 8 – A Rebeldia dos filhos, 19 de agosto de 2012, subsídio: Professor Érick Freire.

Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei” (1 Samuel 15:23).

Querido leitor, nesta semana, falaremos sobre um assunto delicado, e, como sempre, estarei instigando sua mente, trepidando seus pensamentos, constrangendo algumas colocações e pondo os conceitos em seu devido lugar. Se formos analisar o conceito de rebeldia, segundo Boyer há quatro definições sinonímicas como, conspiração, rebelião, revolta e revolução. Indo através destes conceitos, veremos uma linha deveras tênue, já que, nem sempre, rebeldia é sinônimo de pecado, isso mesmo, para entender-se melhor isto, deve-se transcorrer por alguns exemplos, vejamos:

1º caso: Um filho vê corriqueiramente casos de injustiças praticadas pelo pai. Vê a mãe sendo espancada, a irmã sendo violentada, ainda por cima este pai descarado fazendo parte do ministério da igreja. O filho se revolta contra o pai, desobedece-o. Será que essa rebeldia em detrimento a injustiça é pecado?
2º caso: O pai é um homem responsável, dedicado em casa, escuta os filhos, os orienta, ensina verdadeiramente os padrões morais bíblicos, mas, mesmo assim, o filho insistiu em se rebelar. Será que é fácil controlar uma mente independente?
3º caso: O pai é muito presente, mas erra em dar tudo o que o filho pede, antes do filho ir atrás de um emprego consegue um para ele, quando o filho está sem dinheiro para sair tira das economias e/ou de coisas essenciais só para agradar o filho, deixa-o trazer a namorada para dormir no quarto dele e afirma que não constrange o garoto para ele não ir embora de casa. Um dia se irrita pelos excessos do filho e quer discipliná-lo de uma hora para outra, o filho vai embora de casa e cai no mundo das drogas, tem ódio do pai e o culpa por não tê-lo ensinado a se virar sozinho. Essa rebeldia foi provocada pelo filho?
Se formos detalhar mais casos veremos muitas outras formas de rebeldia, mas destes exemplos quero trabalhar dois conceitos que são bem diferentes. O conceito de Boyer está mais relacionado a rebelião que é pecado, pois segundo ele, está relacionado a feitiçaria. Já um dos conceitos bem explicado por Champlin diz “Um seguidor de Cristo, que se veja forçado a optar pela rebelião ou por alguma forma secundária de oposição àquilo que ele considera opressivo, tanto na esfera governamental quanto em alguma esfera menor ‘grifo meu’ (mesmo nas relações eclesiásticas)” (2011, p. 572).
O grifo foi necessário, para notar que fala de esfera menor, no caso, o próprio lar, encaixa-se ao primeiro caso relatado. Um ato de violência contra a mulher é no mínimo revoltante, e esta rebeldia contra o próprio pai não se caracteriza pecado. Por que falo isso? Porque simplesmente tem muito brutamonte, inclusive pastores que espancam seus filhos e esposa, humilham e abusam do seu poder de pai, achando que ser cabeça é pisar nos seus, aproveitam-se de um sistema podre hupokrisis (hipocrisia) instaurado no meio das instituições tradicionais eclesiásticas e mentem afirmando que seus filhos são rebeldes, mas na realidade, estão escondendo suas ações devassas afugentantes, grandes mentirosos, lobos em pele de cordeiro. A estes Deus tem reservado um lugar especial, o inferno (Ap 21.8).
Muitos pastores tem escondido o pecado destes espancadores, só porque muitos destes tem representação social, Deus vomita uma sociedade de injustiças porque ele é justo (Sl 129:4a) e para estarmos perante Ele devemos  estar parametrados por sua justiça e sujeitando-nos a ela (Rm 10.3), Paulo a Tito recomenda que não se deve admitir líderes espancadores e que o fim destes é a condenação (cf Tt 1.7-16).
Por outro lado, existem também os filhos rebeldes, pecadores, cheios de si, alimentados por uma sociedade perversa que, afirma categoricamente, a independência como melhor coisa para o ser humano. Até que ponto a independência e o livre pensar são saudáveis. Não, não estou me contradizendo, pelo contrário, acho que devemos ser livres para pensar, mas ser livres com responsabilidade, ser livre na liberdade cristã e não na libertinagem cosmológica. Os valores cristãos devem ser tidos como princípios, fundamentados na Palavra da Verdade, as Sagradas Escrituras.
Nem sempre a rebeldia do filho se dá por negligência do pai, às vezes, se dá pela própria escolha. Assim, seria Deus um pai omisso? Claro que não! Não temos só um exemplo direto, mas pelo menos dois na Bíblia. O primeiro foi com o Querubim ungido, hoje chamado de Satanás. O outro foi com o próprio homem, ambos com o mesmo sentimento, crescer, ser independente de Deus, ser igual a Deus. Mas, como um Pai amoroso, Abba, traçou um plano em contraponto a rebeldia humana. Agora, o estrago feito por nós foi imputado a Jesus, Ele deveria nos salvar, tornar-se humano, inferior, sofredor e humilhado. Com amor incondicional, Deus perdoou nossa rebeldia, mesmo assim, muitos filhos continuam rebeldes.
Nem sempre aqueles que são ensinados no verdadeiro evangelho de Cristo, não se desviam, fadar Pv 22.6 a uma regra incondicional é o mesmo que fazer uma falsa interpretação da Bíblia. O verso em questão não diz que se ensinar a criança ela sempre será crente e nunca vai sair dos caminhos do Senhor, mas que, se você ensinar um padrão moral para o filho ele não há de se esquecer. E não esquecendo, precisa-se de, além disso, alguns condicionantes como, ensinar a Palavra, dar exemplo em casa (a criança é uma grande imitadora dos pais), fazer periodicamente o culto doméstico, estudo da Palavra, ensinar os princípios de temor a Deus, responsabilidade, amor ao próximo, amor a Deus e amor a Palavra (Dt 6.7).
Se formos falar de como a rebeldia prejudica o bom relacionamento familiar entraríamos em muitos outros aspectos, tanto espirituais, como sociais, psicológicos e materiais. Falaríamos do mundo das drogas, do mundo da prostituição, das amizades dos filhos, do acompanhamentos dos pais, da superproteção, da subproteção, das famosidades como influenciadores tanto para o que é bom, como principalmente para o que é amoral. O que dizem ser “Na moral”, na realidade é imoral, fora dos padrões bíblicos, fora dos padrões que outrora eram valorizados e agora foram jogados na lata do lixo.
Em fim, rebeldia pecaminosa é o mesmo que feitiçaria, não há diferença entre quem se rebela contra o que a Bíblia diz ser verdade, que mostra como verdade e aquele que perpetra tirocínios ocultistas mefistofélicos.





Vocabulário

Afugentantes: Digna de repúdio, desprezo, aversão, indignação.
Libertinagem: Devassidão, orgia, liberdade exagerada para o prazer.
Cosmológica: Visão do mundo, lógica do mundo.
Tirocínios: Práticas, experiências.
Mefistofélicos: Satânicos, diabólicos, infernais.

5 comentários:

  1. Queridos, após me recuperar do acidente AUTOMOBILÍSTICO voltei a postar os subsídios, desculpem, mas nem tempo eu tive para informar aos queridos leitores, mas o importante é que estaremos juntos outra vez.
    FIQUEM NA PAZ DO SENHOR!!!

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  2. Paz! Prof.Erick bem esclarecedor o teu blog não somente concernente aos temas da EBD porque a EBD fala sobre tudo.
    Agora quanto ao tema da postagem acima .
    Adolescência é um período de revolta ou revolução ?

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  3. A adolescência é uma fase da vida, na turbulência jactante, o ato de gabar-se, autopromoção e contrassenso pode ser tanto de rebeldia como de revolução, desde que saibamos a origem e o contexto das atitudes.

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  4. Paz e Graça.

    Oramos por sua plena recuperação, estávamos sentindo falta dos fóruns, e demais subsídios.

    Deus te abençoe

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  5. Claudivan, obrigado, hoje estaremos voltando em nome de Jesus!!!

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