Lição 13 - A Formosa Jerusalém, 24 de junho de 2012, subsídio II: Professor Érick Freire

Pedra de Jaspe

Uma História pitoresca de Escatologia - parte II

Queridos irmãos da Escola Dominical, presenciamos na semana passada, no culto de mocidade, uma aberração contra a Bíblia, foram inúmeros erros escatológicos, não só do pregador, mas de quase todos que subiram ao púlpito, tanto os jovens quanto a liderança da igreja verberaram inúmeras heresias, versículos que nunca existiram na Bíblia, o citado Ap. 22.22, a descrição tanto do inferno como do Céu não coadunam com a Palavra de Deus. Para entendermos melhor isso, observaremos a lição dessa semana que foi escrita por um dos maiores comentaristas da Bíblia no Brasil, o pastor Claudionor de Andrade, abram suas lições na aula de número 13 e vejamos o que diz o título da lição. Peço a todos que leiam em voz alta com entusiasmo:

- A Formosa Jerusalééém!

Pois é queridos, o título não é a amedrontadora Jerusalém, nem tampouco a aberrante Jerusalém e sim como afirma o comentarista, Formosa Jerusalém. O primeiro erro que iremos comentar sobre o pregador que passou há uma semana por aqui, é o mesmo que a falsa escatologia tem que é criar medo nas pessoas, medo do inferno, mas o nosso objetivo como atalaias de Deus, deve ser mostrar tanto aos crentes como aos incrédulos que queremos morar no Céu não porque temos medo do inferno, ou porque o Céu é bonito, mas porque ansiamos estar na presença do Pai eternamente, contemplando sua Glória alumiada e refletida no muro de jaspe (Ap 21.11,18), como um cristal a cidade de jaspe resplandecerá sob a magnificência da presença do nosso Deus, devemos mostrar que nós desejamos, por amor, que todos usufruam dessa belíssima cidade, da paz reinante, tudo isso preparado para os santos (Ap 21.27), todos os puros e limpos que estiverem no livro da vida terão direito, e o mais importante amados irmãos é valorizarmos isso, a glória do Céu ofusca o sofrimento do inferno, falando nisso, um grave erro que ouvimos e que coçou em meus ouvidos, foi o pregador dizer que no inferno tem salas, e ainda mais, salas de tortura, essa ideia, não pensem que é nova, não é uma nova revelação, nasceu na Idade Média para por medo nas pessoas que desobedeciam a igreja romana, mas a Bíblia é enfática, não há ninguém no inferno, o Hades (onde vivem as almas que morreram em pecado) e a morte serão lançados no inferno, como também o Diabo, seus anjos e aqueles que foram condenados no julgamento final (Juízo final) (cf. Ap 20.14, Mt 25.41). O máximo que alguém pode falar em uma pregação sobre o inferno é em relação a poucos elementos como, fogo e enxofre, e que ele arde continuamente, o Hades também arde continuamente, mas não tem diabinhos espetando pessoas com garfo, tridente, lança de aço (como disse o pregador), lá o sofrimento vem através da angústia que sentem por causa das chamas “E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama”. (Lc 16.24), ou seja a tormenta é pelo fogo e nunca, jamais por quem quer que seja, alguns pensam que a expressão “bicho não morre” (Mc 9.44) é o Diabo que atormenta os que morreram em pecado, mas o que o texto quer dizer é que os vermes que existem lá não morrem, mesmo em alto calor, eles atacam e aumentam o sofrimento dos que estão lá. Então no inferno não há ninguém, só no Hades, mas não é o Diabo quem está lá e seus demônios, mas todos os que morreram em pecado, a única exceção são os anjos caídos que foram lançados no Tártaro que fica abaixo do Hades, lá os anjos caídos estão presos aguardando o julgamento, presos em meio à escuridão (abismo) e não habitam junto às almas (2 Pe 2.4).

Esse grave erro de amedrontar as pessoas, é feito através de técnicas de psicologia barata, chamado de tratamento de choque, é diferente se uma pregação ousada pelo Espírito, exortando e admoestando o que estão errados, como foi feito pelo Senhor através das cartas às igrejas. Essas técnicas são utilizadas geralmente na produção de filmes de terror, parece engraçado, mas é a realidade. O pregador Roy Sensacionalista valorizou demais o inferno, falou tanto nele que esqueceu da cidade Santa, que é sublime e inefável, ela é mais sublime que os céus que vemos ao contemplarmos as paisagens do horizonte, mas bela que um por do sol magneticamente criado com tantos tons e cores fascinantes.

Vamos conhecer essa formosa cidade?

Queridos, por mais que você procure imagens em qualquer lugar que queira “maquetizar”, a cidade Santa, nunca será como a visão de João, primeiro porque todos os desenhos que vi até hoje não tem formato cúbico, os muros são mais baixos que toda sua extensão, mas a Bíblia diz que a cidade possui 2.260 Km de altura, 2.260 Km de largura, 2.260 Km de comprimento, o muro media cerca de 64 metros de altura (Ap 21.15-18), feito por um material semelhante ao jaspe cristalino (mesmo que quartzo cristalino – tem uma cor amarelo avermelhada e se parece com ouro só que é transparente).

O tamanho da cidade, tanto em extensão horizontal quanto vertical equivale à distância entre a cidade do Rio de Janeiro (RJ) a cidade do Natal (RN). Enorme, ou seja, verticalmente passará da camada de Ozônio (188 vezes), pois esta camada só tem 12 km de altitude, isso quer dizer que ela chegará a altura que transporá o espaço sideral.

Vocês podem ficar maravilhados, mas devemos saber que estas maravilhas são inconcebíveis aos pensamentos humanos, ora o maior edifício do mundo, localizado em Dubai (torre Burj Dubai), tem só 838 metros, ou 0,83 km, enquanto que a cidade que iremos morar tem uma altura equivalente a 2.820 vezes este edifício, realmente é de nos alegrar quão superior é o poder de Deus em relação a nós homens de carne, fracos e limitados. Deus é o grande arquiteto de tão grande obra, como também construtor (Hb 11.10), imaginem a beleza desta cidade, é uma obra superior a criação da Terra, superior a gênese da humanidade.

A riqueza é infinda desta cidade, mas a maior riqueza dela não é ideada pelo dinheiro, o preço da grama do ouro, ou pelos bens materiais, a maior riqueza desta cidade está na esposa do noivo, pois ela é a cidade que vai abrigar a noiva do Cordeiro, ela vai abrigar a Igreja amada e sem máculas, não precisará de Sol, ou de Lua, pois Deus a alumiará (Ap 21.23). O seu ouro é superior a qualquer um dos materiais terrestres, nem diamante, nem qualquer outra pedra preciosa tem a glória das pedras desta cidade, enquanto o ouro terrestre se desgasta, arranha-se, o ouro celestial é incorruptível.

Outro problema desses testemunheiros que vão ao inferno é que eles colocam suas visões como superiores ao que está escrito na Bíblia, mas João foi enfático no próprio livro de Apocalipse “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro”. (Apocalipse 22:18-19). Ou seja, quem por mais algo no livro de Apocalipse está se autocondenando ao ponto de sofrer sua sentença ao inferno.

Um ponto que tenho que comentar na aula com os irmão é que, muito se especula sobre as coisas futuras, alguns conjecturam como irão abraçar Jesus, como será a reação de ver algumas pessoas conhecidas lá, outras que pensávamos encontrar não estarão, e aí se entristecerá, isso é balela, lá é um lugar de gozo, teimamos, e até o comentarista da lição fez isso, acho que por alegria de falar no assunto. O único sentimento que teremos lá é de gozo e paz.

Outro problema é dizer, “Teremos aula de teologia lá!”, isso é conjetura, tentar pensar em um estudo teológico de milhões de anos, como se futuramente houvesse tempo, isso inimaginável, a relação de tempo não haverá lá, não existe isso de hora marcada, atraso, mas gozo paz e longanimidade em vida, harmonia, amor sob um domínio de um governo perfeito, superior a qualquer sistema político existente, superior a qualquer coisa que pensemos, não podemos medir cronometricamente, nem tampouco ter um termômetro que tire a temperatura da cidade, isso são características humanas, corrompíveis e passageiras, nem tento imaginar como será, o que eu quero é chegar o dia de sentir, por mais que nos tentemos medir essa alegria, ou qualquer outro sentimento que teremos lá, seremos tolos em tentar. Por isso Paulo escreveu “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam”.  (1 Coríntios 2:9)

Espero que tenham compreendido bem a nossa aula de hoje, fiquem na paz do Senhor e vamos corrigir as questões...