Alguns dizem por aí que estamos passando por um período de transição em todos os seguimentos sociais, mas na realidade, o que estamos vivenciando é uma retroação às práticas pagãs, uma mistura de conceitos imorais e desassociados de valores que seguem a favor do cristianismo e da formação da família com padrões bíblicos. Muitos dos valores como o casamento de jovens virgens, a formação familiar nuclear constituída por pai, mãe e filhos, a autoridade de pai e de mãe, a relação da educação do lar, a disciplina e repreensão estão se esvaindo, descendo pelo ralo do relativismo filosófico e da superficialidade pregada pela tão famigerada posmodernidade.
O que isto tem influenciado no pensamento e na condução morais na atualidade? O fato é que o pensamento flutuante atual não possui respaldo concreto e fundamentado nas ciências naturais e também nas ciências humanas, como antropologia e história, gerando uma crise cultural quase que "laicista", na qual se criam perspectivas, tendo em seu bojo de ações, ataques perpetrantes às bases da família cristã. Os meios de comunicação de massa, como a TV e seus programas blasfemos, todos colaboradores da filosofia relativista e inconsequente, a famosa "tolerância".
Buscam de todas as maneiras minar a instituição mais sagrada e que merece devoção (Hb 13.4), a família. Novelas globais, seriados imorais, programas de auditórios teatralizados (Barracos de família), escracham e ridicularizam a família nuclear, a chamada família tradicional, como se algo que é tradicional fosse retrógrado, dizem que o conceito de família já sofreu um efeito metamórfico, que devemos evoluir, "a família nuclear não deve fazer mais parte de uma sociedade com pensamento tão avançado", afirmam estes.
Como nós devemos reagir a tão famigerada blasfêmia? Estas afirmações tem chegado a atingir e a se expandir dentro das nossas próprias igrejas cristãs, crentes inertes e alheios a Palavra chegam a ser néscios concordando com tais afirmações. Será que os valores bíblicos caducaram? Devemos coadunar com tais preceitos infundados? Há esperança na família instituída por Deus?
Deus criou a família e para esta definiu princípios e papéis, cada um, seja pai, mãe ou filhos possui seu papel definido, suas responsabilidades e direitos. Por isso, Satanás tem criado meios para assim destruir nossos lares através de alguns elementos que iremos comentar:
a) O absoluto obsoleto (Relativismo)
O padrão de verdade absoluto tem sido quebrado pelo relativismo moral, o humanismo parceiro inseparável do relativismo contribuiu para o homem intentar contra Deus, o diminuindo de Soberano e absoluto, para o obsoleto subserviente dos desejos humanos, pondo o homem no cerne da questão, no centro de todas as coisas (antropocentrismo), isto não só tem atingido o mundo (sistema mundano), mas influenciado até letras de canções cristãs evangélicas e até em livros de auto-ajuda cristão (Vê se pode isso!).
Não falaremos da origem da filosofia relativista, pois não é nosso intuito, mas nos interessa mostrar a sua influência no ataque aos valores morais cristãos.
Somado a este fator, o conceito de verdade tem sido deixado de lado, a busca pela própria verdade através do prazer individual, ou melhor, o prazer acima de tudo, o denominado hedonismo, consequência da filosofia grega nos nossos dias, tem criado cada vez mais pessoas cheias da própria verdade. Atualmente ouvimos no nosso cotidiano o famoso jargão "Nem sempre o que você tem como verdade é realmente verdade, muito menos pra mim! Tudo é relativo!", isto é no mínimo falacioso e sofismático. Primeiro porque existem verdades dogmáticas, ou seja, absolutas e irrevogáveis, existem paradigmas que não devem ser quebrados, este é o caso do verdadeiro conceito de família. Segundo porque existem verdades que possuem respaldo científico, este é o caso do conceito da família nuclear, pois é fundamentado nas ciências biológicas, naturais e médicas.
A natureza nos deixa bem claro que a formação familiar entre "macho" e "fêmea", homem e mulher (Mc 10.6) pode produzir filhos e formar família, de outra fórmula a cópula é inexistente, ou melhor, a procriação corrobora com a formação familiar só no padrão Divino do lar. Não há nenhum dado científico uqe respalde uma relação homoafetiva, já que o organismo masculino só se agrega perfeitamente ao corpo da mulher, por isso, "serão ambos uma carne" (Gn 2.24), homem e mulher.
b) Inversão de valores
A educação moral e ética dos filhos é primeiramente de inteira responsabilidade dos pais, não é a escola secular nem tampouco a igreja que irá formar o cidadão de forma integral, pelo contrário, estes são agentes secundários. A criação dos filhos exige comprometimento dos pais para formar e forjar pessoas de bem com bom caráter social, mas o que vemos hoje é uma indefinição dos papéis de cada um dos personagens da família. Os Direitos Humanos (DH's) tem uma grande parcela de culpa nisto, pois põe aos filhos o direito de exigir e eximem-os da responsabilidade de coparticipantes nas obrigações como filhos. As informações e regras impostas pela sociedade hodierna também possuem larga parcela nestes desvirtuos.
Enfim, sabemos que a Bíblia diz que os filhos devem e necessitam oberdecerem aos pais, os honrando, tornando-se pessoas de bem, afeiçoados com a honestidade e a decência, leis como a "lei da palmada", não vem contribuir em nada na disciplina dos filhos, muito menos ajuda a diminuir os índices de violência doméstica.
Professor Érick Freire
Dc. da AD em Panatis, Natal/RN
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