quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Lição 6 - Jonas - A misericórdia Divina, 11 de novembro de 2012, Subsídio: Professor Érick Freire


Amós prega contra o enriquecimento ilícito dos aristocratas hebreus, fervorosamente foi contra seus luxos e o meio opressor pelo qual se enriqueciam, fazendo os pobres de escravos. Verberou às autoridades o juízo de Deus, tanto o juízo natural, peste locusta (gafanhotos), como o juízo físico e material, com a invasão das terras hebreias pelo exército militante assírio, mostrando a todos o verdadeiro Dia do Senhor que não era de luz e sim de trevas. Oseias também enfatizou sobre a destruição de Israel por causa do seu pecado e altivez, antes Israel punha medo, agora seria amedrontado, humilhado, saqueado e destruído (Os 13.15 e 16).

E o que isso tem a ver professor? O assunto não é Jonas? Calma querido leitor, antes de entrarmos na história de Jonas (Yonah), precisamos entender melhor o contexto da época em que ele vivia. Como afirmei anteriormente, Israel andara em pecado e seria destruída, é aí que entra a história de Yonah. Ele teria profetizado toda a prosperidade do reino do norte, Israel, a riqueza, a pompa e a reconquista (2 Rs 14.25). Parece paradoxal, mas não o é, Yonah havia profetizado a conquista e a riqueza, mas não foi seu trabalho alertar sobre as ilicitudes, na realidade, quem faria isso seria outros dois profetas, Amós e Oseias.
Yonah era um nacionalista, ajudou na recuperação da sua terra, profetizou sobre a conquista e a riqueza, mas ao mesmo tempo conhecia quem era a grande ameaça ao seu povo. A Assíria era o império mais opulento da época, mais poderoso, sanguinário, destruidor e conquistador, Israel seria uma vítima frágil e isso já havia sido profetizado, a Assíria mais cedo ou mais tarde engoliria Israel. Nínive era uma Washington dos dias atuais, os mandos e desmandos saiam de lá para o resto do mundo, e , geralmente, estes mandos eram de invasão e destruição, o pecado era algo normal, a violência ninivita e assíria é superior a qualquer fato histórico registrados nos anais, ao ponto de trucidarem suas vítimas, os assírios, enfiavam espadas no útero das grávidas, exterminavam crianças, prendiam os homens e torturavam, cortavam as cabeças e punham na porta das cidades. A tortura era medonha, contasse que eles pegavam a vítima, geralmente homem, esticavam seus pés e mãos, amarravam em estacas e os esticava, logo depois, com lâminas, esfolavam a pele da vítima, retiravam-na e punham para secar ao sol em cima de pedras, a vítima permanecia esticada ao quarar, com a carne vibrante viva exposta, se contorcia e agonizava até a morte, para eles era como estar brincando, entretendo-se.
Essa violência subiu com odor de carniça às narinas de Deus, a podridão do pecado ninivita irou o Senhor, mas por sua misericórdia mandou um alerta. Escolheu Yonah para ser seu mensageiro, o primeiro missionário registrado na Bíblia, antes os prosélitos teriam de ir à Israel, agora Deus manda seu mensageiro. O problema é que Yonah sabia da misericórdia de Deus Êxodo 34.6 revela este fato e Yonah conhecia, para ele pregar aos gentios na própria nação gentia, era como estar traindo seu povo, a cava de sua própria cova estaria sendo feita, pois os Assírios anos depois destruiriam Israel, arrasaria Samaria e exilariam o povo para nunca mais voltar.
Em sua cabeça mesquinha e nacionalista, Yonah não queria a conversão dos ninivitas, por saber das misericórdias de Yaweh, escritas na Torah, por conhecer a graça infindável e intangível de Deus, ele desiste da viagem, ou melhor, muda de rumo, se era para ir para o leste ele segue para o oeste, cerca de 4000 Km de distância de seu destino, Társis, atual Espanha, era conhecida, naquela época, como o lugar mais distante da Terra, o fim do mundo.
A viagem começa e Jonas acha que está tudo bem, dorme um sono intensamente profundo, um sono de roncar e não escutar nada, a chuva começa e aos poucos vai ganhando força, tornar-se em uma tempestade tenebrosa, os marinheiros não sabem o que fazer, era uma tempestade nunca vista por eles antes, tão bravia que a tripulação da embarcação ao invés de usar técnicas acuradas para sair da situação, apelam para o espiritual, cada um se apega a seu deus e começa a pedir misericórdia, enquanto isso Jonas continua a dormir, o capitão da embarcação, ao descer ao porão, nota que tem alguém em meio ao turbilhão dormindo sossegadamente, o desperta e diz “Como você dorme numa situação destas?” Aí, Jonas sobe e encontra aquela situação, tudo provocado por ele, mas continua calado, após jogarem toda a bagagem fora para diminuir o peso da embarcação, vão e lançam a sorte que vai direto para Jonas, e eles com os olhos esbugalhados e quase sendo submergidos perguntam "Diga-nos, quem é o responsável por esta calamidade? Qual é a sua profissão? De onde você vem? Qual é a sua terra? A que povo você pertence? " (Jonas 1:8) Jonas covardemente não responde a segunda pergunta, não diz que é profeta, nem tampouco que está negando fazer a vontade de Deus, mas eles sabiam que ele estava fugindo da presença de Deus.
Jonas foi lançado ao mar, mas a tripulação não queria fazer isso, não queriam matar um homem, fizeram preces a Yaweh e pediram perdão por fazer aquilo, inclusive fizeram até um sacrifício e fizeram votos de gratidão pelo acalmar do mar (Jn 1.16), enquanto Jonas fugia da presença do altíssimo e nem sequer orou a Ele, os marinheiros pagãos devotaram-se a Deus, enquanto Jonas disse que era hebreu servidor do Deus Altíssimo só da boca para fora, já que não queria cumprir a ordenança do Pai, a tripulação que nem sequer conhecia a Palavra (Torah) prestavam-lhe honras e sacrifícios. A teologia de Jonas era ortodoxa da boca para fora, mas seu coração estava distante da vontade do Criador.
Três dias no meio daquele gosma babenta, imprensado dentro de um estômago, não pense que o quadro pintado de Jonas ajoelhado no estômago do monstro marinho é real, ele não estava nada confortável, com certeza respirava com dificuldade, provavelmente nem sequer mexia sua cabeça direito, e isso é bem claro quando ele compara o estômago do animal a uma sepultura, ao inferno, sabemos que um estômago de um animal é aquecido, úmido e gosmento, os caldos pastosos da digestão são ácidos, e a saliva também o é. Isso mostra uma realidade bem diferente da pintada em alguns quadros.
Após o primeiro momento, Jonas começa a cair em si e pedir misericórdia a Deus. Parecia que estava arrependido de não ter ido pregar aos ninivitas, mas não, ele estava arrependido de não ter obedecido, o que ele vivia agora incomodava, mas o sentimento pelos assírios não havia mudado, tanto que quando ele vai a Nínive após sua segunda chance ele prega destruição, como Deus manda, mas fica chateado porque o povo se arrepende. É a primeira vez da história que alguém prega e todo mundo se converte e o pregador (profeta) se irrita pelo êxito, mas isso já sabemos o porque, ele temia que os assírios cumprissem a profecia. Mesmo sabendo ele que havia milhares de crianças inocentes lá, ele queria que Nínive fosse subvertida em fogo, pois a expressão que ele utiliza para destruição é a mesma utilizada em Gênesis quanto a destruição de Sodoma e Gomorra.
Eram mais de 120 mil crianças (Jn 4.11) inocentes que moravam lá, animais que não sabiam o que era pecado, e uma população estimada em cerca de 600 mil pessoas, uma população equiparada a capital de Sergipe, Aracaju. Imagine uma cidade imponente que só de torres tinha 1.200, um muro “intransponível”. Mas, mesmo sendo forte e muito rica, Nínive se converteu ao SENHOR através do duro discurso de Jonas, eles não esperaram para ver a destruição após 40 dias, pelo contrário, eles sabiam do poder do Deus hebreu, na realidade, esse Deus não é hebreu, mas de todas as nações, pois se assim não fora, não teria perdoado e absorvido o arrependimento daquele povo.
Jonas de irrita e briga com Deus (Jn 4), ele não gosta porque Deus volta atrás de sua decisão, enraivece o coração, endurece novamente sua mente e pede a morte, sente pena de si mesmo e de uma planta, mas não tem pena de 120 mil crianças que seriam mortas se o povo não se arrependesse. Outro ponto nisto é que ele ficou preocupado com sua reputação, “Como ficarei eu se pregar e profetizar e não acontecer se o povo se converter?” As vezes pensamos assim, preferimos que Deus não mude a rota e até desejamos a morte de outros só para termos o nosso ministério forte. Deixo um recado, servo não é para ter escolha e nem exigir nada, só deve obedecer a Deus e não ao homem pecador! Não deve inverter os valores, tem gente por aí que só quer pregar o que coça os ouvidos carinhosamente, mas Deus está procurando verdadeiros profetas para anunciar ao povo que perece, não sejamos infantis ao ponto de tentar manipular a mensagem de Deus para esta geração.
Não engulamos o pecado a seco e fiquemos calados, lutemos pela verdadeira e genuína Palavra do Senhor. Acreditemos e confiemos em sua Escritura Sagrada e preguemos a sua misericórdia e justiça. A sua grande graça e longanimidade.

6 comentários:

  1. Olha Erick eu gostei muito sempre aprendo muito com suas aulas gostei mais ainda da sua enfatização no final do texto sobre á palavra do Sehor e como ela deve ser pregada de forma correta é coerrente devemos principalmente Orar para que este Evangélio venha a ser pregado por este mundo que padese mais eu creio que como ele fez com Jonas ele também poderá levantar e capacitar pessoas para o fazer.

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  2. Precisamos nos voltar para a palavra de Deus e ter compromisso de fato com ela, os pecadores precisam ouvir a palavra, e essa comissão foi dada a igreja! vamos continuar dormindo, ou obedeceremos a voz do senhor?

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  3. É cruel o pensamento de Jonas mas mtos hj em dia são assim! Preferem condenar seu próximo em vez de espera ou pelo melhor ajuda lo. Mtos esquecem q assim com o céu e eterno o inferno tbem. Devemos sempre orar para q Deus tire de nos esse sentimento tão miserável de nós.

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  4. janaina.v.souto@hotmail.com08 novembro, 2012

    É cruel o pensamento de Jonas mas mtos hj em dia são assim! Preferem condenar seu próximo em vez de espera ou pelo melhor ajuda lo. Mtos esquecem q assim com o céu e eterno o inferno tbem. Devemos sempre orar para q Deus tire de nos esse sentimento tão miserável de nós.

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  5. Texto completo sobre a realidade de um profeta que deixou vários discípulos. Muitos hoje que tem chamado para irem aos "Ninivitas" pregar o arrependimento para a salvação de suas vidas, preferem ficar dentro da zona de conforto ou até mesmo viver de fugir dos desígnios de Deus. Fato, o amor está longe. A pregação não tem graça abundante. A mensagem é antropocêntrica.
    Glória a Deus porque ainda existem aqueles que nasceram de novo e vivem para obedecer a Deus em toda a sua maneira de viver. Anunciando as verdades de Deus. Que o amor habite em nós e a alegria seja nossa companheira ao vermos o arrependimento nascer nos corações.

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