Os perigos da falsa Obediência e o hedonismo
Sabemos que essa semana a lição trata sobre Os frutos da obediência na vida de Israel, mas esses dias tenho sido compelido a falar sobre um assunto muito pouco conhecido, e este em detrimento da obediência a Deus causa males irreparáveis a igreja, é o famoso e ao mesmo tempo pouco conhecido hedonismo, famoso porque já faz parte da vida de muitos cristãos e pouco conhecido porque muitos o fazem por falta de conhecimento, ou seja, o fazem sem saber, por isso, sinto-me na obrigação e compromisso de abrir os olhos dos professores da Escola Dominical para se deterem também nesse assunto.
O hedonismo tem origem na filosofia grega do prazer acima de tudo, “eita!” muitos devem ter dito agora, e os digo “Calma irmão em Cristo”, o prazer aqui não é só o prazer sexual, mas no sentido de querermos sempre está em zona de conforto, e estar em zona de conforto nem sempre é estar em obediência a vontade de Deus (Rm. 12.2), ao invés de ser um crescimento humano pela busca do bem estar, é na realidade a degradação humana do prazer pelo prazer. O nome hedonismo tem origem na palavra hedonê que significa fazer sua própria vontade buscando o prazer pessoal, e essa concepção de vida vemos Paulo criticando no capítulo 17 de Atos dos apóstolos, quando a partir do verso 16 até o 34 ele indaga os discípulos de Epicuro (Epicureus) e os discípulos de Aristipo de Cirene (Estóicos) que pregavam a relatividade do pecado e o prazer acima das regras, por isso, se chatearam e o levaram a “Câmara Municipal da Cidade”, mas conhecido como Areópago, leia abaixo:
“E, enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria. De sorte que disputava na sinagoga com os judeus e religiosos, e todos os dias na praça com os que se apresentavam. E alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele; e uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros: Parece que é pregador de deuses estranhos; porque lhes anunciava a Jesus e a ressurreição. E tomando-o, o levaram ao Areópago, dizendo: Poderemos nós saber que nova doutrina é essa de que falas? Pois coisas estranhas nos trazes aos ouvidos; queremos, pois, saber o que vem a ser isto (Pois todos os atenienses e estrangeiros residentes, de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão de dizer e ouvir alguma novidade). E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Homens atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos; Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo, é o que eu vos anuncio. O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas; E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós; Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração. Sendo nós, pois, geração de Deus, não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens. Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos. E, como ouviram falar da ressurreição dos mortos, uns escarneciam, e outros diziam: Acerca disso te ouviremos outra vez. E assim Paulo saiu do meio deles. Todavia, chegando alguns homens a ele, creram; entre os quais foi Dionísio, areopagita, uma mulher por nome Dâmaris, e com eles outros”.
Quando Paulo os fala que, Deus não leva em conta os tempos da ignorância atingi diretamente os preceitos e a “intelectualidade” desses filósofos, sabe por quê? Paulo é incisivo, deixem a ignorância de vocês porque conhecem agora o verdadeiro evangelho que o prego, arrependam-se de seus pecados, ou seja, o prazer pelo prazer não vale de nada para a vida futura, se buscarmos o próprio prazer seremos pessoas condenáveis e separadas do verdadeiro Deus, saiam de suas falsas doutrinas! Saiam de todo e qualquer conhecimento que os desviem do foco que é a busca pela salvação em Cristo, o Deus desconhecido!
Conquanto, o evangelho falso que vemos sendo pregado em várias igrejas ditas cristãs evangélicas sobra em cultura e ideologia hedonista (estóica e epicura), pensando muitos destes que estão pregando o verdadeiro evangelho dizendo que, Deus está visitando seu cartão de crédito, sua conta bancária, assinando o cheque, resolvendo sua causa na justiça. Não estou dizendo que Deus não vê nossas aflições e não sabe que necessitamos de muitas coisas, até porque estaria indo contra o evangelho de Cristo quando, o Senhor Jesus diz no capítulo 6.32 de Mateus, “De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas”, mas não esqueçam, “antes de tudo buscai o Reino de Deus e sua justiça e estas coisas vos serão acrescentadas” (v.33) . Agora dentre estas ditas “igrejas” há uma inversão, o verso é interpretado assim na prática “Buscai todas as coisas dessa terra, cura, dinheiro, carros, casas, empresas, altos salários que elas serão encontradas na “igreja” do Reino de Deus!” Essa é a grande diferença entre o evangelho genuíno de Cristo e sua justiça, do evangelho hedonista da busca por bens materiais, por realização pessoal, por riquezas materiais, para isso queridos leitores não precisamos buscar incessantemente essas coisas pontuais, basta obedecermos ao Senhor e tudo nos será próspero, independente de sermos ricos ou não! Ser próspero é está em equilíbrio espiritual, emocional e físico, isto é, ter paz no espírito, alma e corpo, buscarmos a Deus em contrição espiritual, entregando nossas emoções em suas mãos e nosso corpo físico para adorá-lo, pois “Rogo-vos, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”. (Romanos 12:1-2) Também o salmista conclama “Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome”. (Salmos 103:1), sejamos servos abaixo da vontade boa, agradável e perfeita, pois só assim estaremos sendo abençoados, não porque merecemos ou temos autoridade para isso, mas porque Deus tem misericórdia de nossas vidas e por sua graça nos dá o que necessitamos e não o que queremos.
Que o seu prazer seja na Lei do Senhor e nela medite de dia e de noite (Salmo 1.2), pois só assim “será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará”. (Salmos 1.3), não buscando o seu próprio interesse, mas o interesse do alto, pois o ímpio é que busca pelos prazeres materiais e tudo o que ele faz um dia terá conseqüência, ou seja, perecerá (Salmos 1.6). Amém!
0 comentários:
Postar um comentário
Faça valer a sua ideia!